Cenário político desvaloriza títulos públicos em quase 4%

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Cenário político desvaloriza títulos públicos em quase 4%. Os títulos públicos tiveram um mês ainda mais volátil em novembro, logo nos primeiros dias após o resultado do segundo turno, o presidente eleito anunciou que pretendia dar ênfase aos programas de transferência de renda. Para tanto, sua equipe encaminhou uma Proposta de Emenda à Constituição que ficou conhecida como PEC do Rombo. A peça, já protocolada no Senado, rendeu e concentra a maioria das reclamações dos investidores.

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Isso porque a PEC de transição de Lula é lida como sinônimo de risco fiscal, já que propõe deixar aproximadamente R$ 200 bilhões fora do teto de gastos. O governo quer garantir o pagamento do Bolsa Família (programa que será retomado no lugar do Auxílio Brasil) de R$ 600, um adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos e outras promessas de campanha. Isso abriria um espaço de R$ 105 bilhões no Orçamento de 2023.

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A proposta tem encontrado resistências de parlamentares, que buscam maior clareza sobre a futura gestão, negociam espaços no governo e evitam dar um conforto orçamentário excessivo para o presidente eleito em seus primeiros meses de mandato.

Uma transição um tanto estranha, adiantaram a diplomação do presidente eleito em uma semana, para 12 de dezembro. Organizaram festa de posse e divulgaram artista para a mesma. Porém, não divulgaram os ministros da Fazenda e Economia, as prioridades parecem estar confusas também.

O presidente eleito anda desaparecido manda interlocutores para entrevistas, Alckimin, Haddad e Randolfe são alguns dos que falam.

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“Foi um mês marcado pela incerteza, principalmente por conta das declarações do novo governo, que anunciou a PEC da Transição, e do pacote fiscal, com as medidas fiscais adotadas para 2023. A mudança do arcabouço fiscal, de retirar o teto de gastos como sendo a âncora, para colocar no lugar uma outra regra, que não esteja vinculada às despesas, gerou incerteza”, explicam analistas.

Até a definição da eleição, com o governo atual as perspectivas para a economia seguiam uma cartilha bem definida. O processo de alta da Selic parecia ter chegado ao fim e já se falava em quando a taxa, hoje em 13,75%, poderia começar a recuar.

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Mas agora não é possível mais saber essa e outras informações. Por isso, houve várias suspensões nas negociações dos títulos públicos ao longo de novembro, quando o mau humor do mercado extrapolava e resultava em volatilidade excessiva.

Além disso, alguns nomes apontados para ocupar o Ministério da Fazenda a partir do próximo ano despertam a aprovação e a desaprovação do mercado. O ex-ministro Fernando Haddad é criticado. Os comentários, porém, dão conta de que seria o preferido de Lula para ocupar o cargo.

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No Tesouro Direto, o resultado dessa combinação de fatores foi visto nos preços dos títulos públicos disponíveis para negociação. Com as taxas de juros subindo diante da percepção de maior risco fiscal, os preços dos papéis caíram.

Destaque para os títulos prefixados com cupom semestral e vencimento em 2033, que registraram uma queda de 3,86% nos preços. Outro ativo que chama a atenção no período é o que tem vencimento em 2029, com recuo de 3,21% no mês.

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