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A Braskem (BRKM5) desaba 14,62% na sessão desta segunda-feira após o fundo árabe Adnoc informar que não tem mais interesse em comprar a participação da Novonor na companhia.

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Ao todo, a antiga Odebrecht possui 38,3% da Braskem, dividindo o controle da empresa com a Petrobras (PETR4).

“Fomos informados pela Adnoc que não têm interesse em dar continuidade ao processo de análise e negociações com a Novonor sobre a Potencial Transação. A Novonor segue plenamente engajada no processo, em linha com o compromisso assumido com suas partes relacionadas”, escreveu a controladora em correspondência.

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A Braskem, por sua vez, informou que seguirá apoiando os acionistas signatários do acordo de acionistas da companhia e manterá o mercado informado sobre desdobramentos relevantes, em cumprimento com as legislações aplicáveis. A operação era importante para injetar dinheiro na antiga Odebrecht.

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As negociações começaram em novembro de 2023, quando a Adnoc propôs R$ 10,5 bilhões para compra da participação da Novonor na Braskem.

A operação era bem avaliada pelo mercado.

Em rápido comentário, o Bradesco BBI disse que não sabe o motivo que levou a Adnoc a desistir, mas as razões poderiam potencialmente influenciar outros potenciais licitantes, como a PIC (do Kuwait).

“Isso aumenta as chances de a Petrobras comprar a participação da Novonor na Braskem, o que acionaria apenas 80% de direitos de tag along para os detentores das ações ON. Esperamos que as ações reajam negativamente”, coloca.

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Em fevereiro, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a Petrobras tem a expectativa de ter um novo sócio na Braskem com quem divida a gestão da petroquímica, que hoje tem como principal acionista a Novonor, ex-Odebrecht.

“Não somos nem vendedores, nem compradores dessa outra parte da Braskem, estamos parados, observando o processo, tentando em algumas conversas paralelamente, sem influenciar o processo, conhecer os potenciais parceiros que poderão ser nossos sócios, em igualdade de condições e um novo arranjo societário”, disse Prates.

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O executivo ponderou que a Petrobras poderá ser elemento decisivo no final das negociações, exercendo ou não direito de preferência, mas que a intenção não é essa.

“A intenção claramente não é exercer direito de preferência, é realmente ter um sócio que a gente possa trabalhar junto”, disse Prates na época.

“É natural que numa nova estrutura, com congênere, de mesmo tamanho que a gente, tenha co-gestão, de igual para igual”, detalhou.