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Conforme antecipado em sua agenda oficial, após cumprir todos os atos burocráticos da posse, o novo presidente da Argentina, Javier Milei, se dirigiu à frente do Congresso Nacional, onde foi recebido por milhares de apoiadores para fazer seu primeiro discurso como chefe da Casa Rosada.

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“Hoje começamos uma nova era na Argentina, hoje termina uma longa era de declínio e começamos a reconstrução do país. Os argentinos expressaram com força uma vontade de mudança que não tem retorno. Não há como voltar atrás”, afirmou o libertário.

Milei ainda citou o desastre econômico deixado de legado pelo governo anterior do peronista Alberto Fernández. “Hoje a inflação já viaja a uma taxa que varia entre 20 e 40 por cento ao mês. O governo anterior nos deixou com a hiperinflação”, disse o novo presidente, acrescentando que atuar na mudança do cenário catastrófico será “a prioridade” de sua gestão.

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O mandatário argentino pontuou os desafios inevitáveis em um primeiro momento para enfrentar a crise. “Não há solução que evite atacar o déficit fiscal. Dos 15 pontos de déficit, 5 correspondem ao Tesouro Nacional. Mesmo que deixemos de emitir dinheiro hoje, continuaremos a pagar. Emitir por 20 pontos do PIB, como fez o peronismo, não é gratuito, vamos pagar por isso na inflação”.

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Milei afirmou ainda em seu discurso que a Argentina escolheu por muito tempo abandonar o “horizonte de progresso”, em referência aos anos em que o país foi governado pelo kirchnerismo e o peronismo. “No início do século XX, éramos o farol do Ocidente. As nossas costas acolheram de braços abertos milhões de imigrantes que escaparam de uma Europa devastada em busca de um horizonte de progresso. Foi então que decidimos abandonar o modelo que nos enriqueceu e abraçamos as ideias empobrecedoras do mundo”.

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Assim como defendeu em toda a campanha, o libertário atacou novamente a “casta política” que impede o crescimento do país, segundo ele. “Há mais de 100 anos, os políticos estão imersos num modelo que só gera pobreza e estagnação, um modelo que considera que os cidadãos estão lá para servir os políticos e não que os políticos estão lá para servir os cidadãos. É um modelo que considera o Estado um despojo de guerra a distribuir. Esse modelo falhou em todo o mundo e falhou no nosso país”, disse.