Denúncia: TSE contratou empresa financiadora do PT para “terceirizar censura”. A denúncia foi feita pelo vereador de Curitiba pelo Novo, Rodrigo Marcial, que fez a denúncia direto na tribuna municipal. Em sua denúncia o vereador explica.
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“Na semana passada, eu fiz uma denúncia aqui nesta Câmara, um relato, na verdade chegou até mim assustador de que o tribunal superior eleitoral estaria terceirizando a censura, em nosso país, estaria terceirizando o trabalho de monitorar os cidadãos brasileiros aqui em nosso território, pelas redes sociais, e eu investiguei esse relato e o que eu encontrei já no plano de enfrentamento do próprio TSE foi a confirmação de que já existia esse planejamento de se contratar, uma empresa para se instrumentalizar a iniciativa privada e se proceder a investigações, monitoramento e efetiva censura em nosso país. E foi o que aconteceu o TSE em setembro, em pregão eletrônico número 29 2022, contratou a empresa Partners Comunicação Integrada. Para monitorar 24 horas por dia, 7 dias por semana, o cidadão brasileiro e a leitura dos poderes que essa empresa tem se faz muito importante. Veja, já no primeiro turno, essa empresa usou palavras chave e temas de interesse definidos pelo tribunal. Para identificar publicações para avaliar essas publicações como positivas ou negativas e até mesmo para fazer o georreferenciamento de quem estava se posicionando na internet de todos os brasileiros que poderiam se posicionar na internet. Essa empresa, que não tem um compromisso assumido com a população. Que não tem mandato, que não foi indicada por eleitos, recebeu poderes que nem o próprio tribunal deveria ter, poderes de a todo momento efetivamente monitorar e possibilitar a censura que foi realizada inclusivamente pelo STF. Parece coisa de filme de terror, parece ficção científica. Mas foi o que o TSE fez em nosso país”, afirmou Marcial.
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E ele ainda explicou, “Moraes usou as informações coletadas por essa empresa contratada pelo TSE em suas investigações e inquéritos ilegais lá no STF, talvez seja esse o motivo pelo qual um deputado estadual, aqui do nosso estado, foi censurado nas redes e ainda não teve acesso a qual foi a decisão judicial que efetivamente veio a censurá-lo. Talvez seja pela existência dessa empresa. E esse intercâmbio indevido de informações entre a empresa contratada pelo TSE e pelo STF, tudo isso para operacionalizar uma censura que é vedada no artigo 220, parágrafo segundo da nossa Constituição Federal. E a dúvida natural após surgir aos senhores, que empresa é essa”.
Quem é a Partners Comunicação contratada pelo TSE para censurar os brasileiros?
Ainda segundo o vereador, “essa Partners Comunicação Integrada tem como sócio majoritário um doador do Partido dos Trabalhadores em 2016. Esse sócio majoritário doou para o PT, sócio majoritário de uma empresa que está contratada para monitorar a população brasileira em nosso país. Tenha, inclusive, sido alvo de denúncias de propina no Ministério da fazenda em 2013, ainda no governo da Dilma Rousseff. E foi essa a empresa contratada pelo TSE para controlar o que vocês estão falando para avaliar o que vocês estão falando e propor soluções que nós não temos a certeza se que se são acatadas ou não pelo TSE em eventual censura”, concluiu ele.
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Ele ainda comentou que “ignora-se princípios constitucionais e devido processo legal ignora-se garantias fundamentais para se dar poder a uma empresa sem mandato e sem representatividade. E é por isso que a gente precisa de mais estados, mais municípios assinando moções contra Alexandre de Moraes, como já aconteceu em Porto Alegre e Vitória. Soube hoje que em Joinville também já se assinou as 3 maiores cidades do nosso país. Assinaram e também precisamos da continuidade da CPI de abuso de autoridade lá em Brasília, bem como a abertura de processo de impeachment de Alexandre de Moraes. Obrigado pela atenção. Ignora se princípios constitucionais de devido processo legal”, concluiu o vereador em seu discurso. (veja vídeos da denúncia).
Escândalo da Partners Comunicação com Mantega e governo PT
De acordo com publicação da Época Negócios em 29/11/2013, o chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Marcelo Fiche, informou por meio de nota, que ele e o chefe da assessoria técnica e administrativa do gabinete, Humberto Alencar, deixariam seus cargos após o retorno das férias. Eles foram acusados de receber pagamento de propina da empresa que presta serviços de assessoria de imprensa ao ministério, a Partnersnet Comunicação Empresarial.
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“Contribuo para que investigações ora em curso sejam feitas com toda a tranquilidade e maior celeridade possível para que a verdade seja restaurada e as mentiras que foram publicadas sobre a minha pessoa sejam rapidamente derrubadas”, informa Fiche.
Ele aproveitou a nota para se defender: “tenho sido atacado injustamente. Não sei a que interesses servem tais ataques, mas posso dizer com toda a tranquilidade que fizemos um processo licitatório com todo o zelo e respeito pela coisa pública e que gerou grande economia aos cofres públicos”.
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Na ocasião, a denúncia foi feita pela revista Época, que divulgou reportagem indicando que a Partners teria pago R$ 60 mil em espécie a Fiche e Alencar. Depois da denúncia, ambos pediram férias para, afastados de suas funções, poderem se defender das acusações publicadas.