Eletrobras pode dobrar de valor devido a privatização. E assim, o tema volta para a pauta do Tribunal de Contas da União (TCU) na próxima quarta-feira (20), com a expectativa sobre o pedido de vista do ministro do TCU Vital do Rego. O pedido é dado como certo e pode adiar o andamento da desestatização.
Contudo, o processo de análise sobre a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), a maior empresa de energia elétrica da América Latina, responsável por 30% da geração desse tipo de energia no Brasil, passará por mais uma etapa importante nesta semana.
Investidor estrangeiro esta apostando na queda da Selic
Entretanto, um relatório recente do banco Goldman Sachs destaca que o peso menor da União na Eletrobras levará a uma aceleração do processo de ganho de eficiência operacional iniciado em 2016. Isso em meio a um corte nas despesas gerais e administrativas, otimização da estrutura corporativa e melhora da administração de provisões e da estrutura de capital.
No entanto, em debate realizado no último dia 7 pelo Tribunal, representantes do governo e agentes do mercado financeiro destacaram que existe um momento único para viabilizar a privatização até 13 de maio – há dúvidas sobre como ficaria o processo caso ele fique para o segundo semestre, encavalado com o calendário eleitoral.
Porém, p ara os analistas Pedro Manfredini, Flavia Sounis e Bruno Vidal, que assinam o relatório do Goldman, a operação pode destravar entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões em valor para os acionistas da estatal, praticamente dobrando o valor de mercado da companhia, atualmente em torno de R$ 68 bilhões.
Portifólio de fazendas é mantido pelo Ibovespa
Em contrapartida, o UBS BB em relatório divulgado em janeiro, divulgou que uma privatização da companhia poderia levar a uma redução de custos de até 80%, levando em conta o processo de reestruturação e avaliação interna que a empresa já vem elaborando e que já identificou várias ineficiências.
O que esperar na semana da Bolsa após feriado
Contudo, estimasse que a Eletrobras potencialmente tirará proveito de seu grande porte e posição de balanço confortável e buscará oportunidades brownfield (já existentes), bem como diversificação para outros segmentos além de distribuição e geração”, aponta o Goldman.