Patrocinado

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, negou que o presidente Lula (PT) tenha pressionado pela liberação de um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a Argentina, mesmo com o país vizinho sem crédito.

AINDA: PT avança contra presidente do Banco Central

Mais cedo, o jornal O Estado de São Paulo (Estadão) revelou que o aval de Tebet foi decisivo para a liberação do recurso que teria como objetivo dar vantagem ao candidato do governo argentino na eleição presidencial deste ano, Sergio Massa, sobre o principal concorrente, o libertário Javier Milei, que vem crescendo nas pesquisas.

SAIBA: Ministério da Saúde faz aquisição milionária sem licitação com empresa de um funcionário

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

VEJA: Barroso busca meios para excluir Marques e Mendonça dos julgamentos do 08 de janeiro na Suprema Corte

“Lula não me ligou […] Despachei com minha secretária encarregada, que disse que os demais países votariam a favor”, disse Tebet à CNN Brasil após a repercussão da reportagem do Estadão.

Apesar de negar a interferência de Lula na liberação do empréstimo, a ministra não negou a suposta atuação do Planalto para interferir nas eleições do país vizinho.

De acordo com apuração do Estadão, como a Argentina já havia atingido o limite de crédito no CAF, um novo acesso a recursos não poderia ser feito. O país vizinho supostamente beneficiado pela atuação de Lula precisava do empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) liberasse outros US$ 7,5 bilhões.

A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que o conteúdo da reportagem do Estadão não procede.

AINDA: STJ nega liminar para que Flávio Dino forneça imagens do 8 de Janeiro

País amigo
Lula tem defendido o envio de recursos para a Argentina desde o início do seu terceiro mandato.

A primeira obra anunciada pelo petista ainda em janeiro foi a construção de um gasoduto na Argentina, financiado com dinheiro dos brasileiros.

Ao todo, o Brasil vai financiar cerca de R$ 3,9 bilhões com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras do gasoduto que deverá ligar a região de Vaca Muerta, no oeste da Argentina, à província de Santa Fé.

LEIA: Governo corre para aprovar votação de tributação de offshores para reduzir rombo. Parlamentares prometem obstrução

Em maio, Lula afirmou que atuaria junto ao Brics e ao FMI em favor da Argentina, que enfrenta uma crise econômica histórica em face da administração do socialista Alberto Fernández.

No mês passado, o governo Lula anunciou o financiamento de US$ 600 milhões em exportações para a Argentina.

Além disso, Lula também se comprometeu com a construção de novas pontes entre os dois países ao custo de quase R$ 600 milhões.

SAIBA: Comissão do Senado aprova PL que proíbe contribuição sindical obrigatória

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada