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A Delegacia de Itu, em São Paulo, está investigando o empresário Alexandre Correa, marido de Ana Hickmann, por suspeita de desvio financeiro no valor de R$ 25 milhões das contas compartilhadas pelos dois que, agora enfrentam um processo de divórcio. A apuração foi iniciada no último dia 29 pela delegada Marcia Pereira Cruz depois de uma análise da notícia-crime protocolada pela apresentadora contra o Correa.

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No documento, obtido pelo portal Notícias da TV, Hickmann teria citado suspeita de “lavagem de dinheiro” e de “associação criminosa” do empresário com duas funcionárias e cartórios. A apresentadora afirma que há falsificação de suas assinaturas em cheques e contratos de empréstimos, fechados desde ano de 2018.

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A notícia-crime diz que a dívida milionária nas empresas são resultado de “empréstimos pessoais e empresariais, contratações de capital de giro e cheque especial etc (…) sem o conhecimento ou anuência da noticiante [Ana Hickmann]”. As brigas do casal – que terminaram em agressão no mês passado – seriam, inclusive, resultante da crise financeira.


As discussões teriam começado no início do ano e piorado nos meados de 2023, quando cobranças judiciais exorbitantes começaram a chegar. Uma semana antes da agressão, Hickmann teria feito descobertas ainda mais profundas sobre o caso com a ajuda da amiga, Daniella Marques Consentino, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

Junto de Consentino, a apresentadora descobriu que Correa teria formalizado “diversos instrumentos particulares de confissão de dívida e contratos de mútuo com pessoas físicas e jurídicas mediante inserções de assinaturas falsas de Ana, o que viabilizou o recebimento – novamente sem ciência ou anuência da noticiante – de pelo menos R$ 25 milhões, fortuna cuja destinação é desconhecida, mas que, certamente, não ingressou na contabilidade da noticiante ou das pessoas jurídicas por ela geridas”.

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Entre alguns dos documentos que a apresentadora não reconhece, estão, por exemplo, um empréstimo de R$ 1.051.430,44 feito no Banco do Brasil para a empresa Hickmann Serviços, formalizado em setembro de 2022; sete contratos firmados entre 2021 e 2022 com o empresário Vanderlei Moreira no total de R$ 2.388.694,33; além de um outro firmado em setembro de 2023 que põe Ana Hickmann como fiadora de um contrato com a empresa Ênfase Ice Propaganda, no custo de R$ 4,8 milhões.

Na notícia-crime Ana afirma ser vítima de violência doméstica para “garantir a impunidade de delitos pretéritos” e “facilitar o cometimento de delitos”.

A investigação policial foi solicitada a pedido da promotora de Justiça Mariane Monteiro Schmid. Segundo ela, há necessidade de investigação para que haja perícia dos cheques, dos contratos e tipificação dos possíveis crimes.

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O que diz a defesa
Os advogados de Alexandre Correa, por sua vez, disseram que Ana Hickmann tinha ciência dos documentos e que assinou cada um deles. Eles alegam que ela está tentando pintá-lo como vilão para se libertar das dívidas.

Também justificam que o problema financeiro começou durante a pandemia da Covid-19 e o tratamento do empresário contra o câncer, quando ele precisou se afastar do seu ofício. Correa afirma que nessa época, as empresas se expandiram e assumiram mais obrigações do que poderiam arcar.

Por fim, ele pede a suspensão e extinção do inquérito, sob o argumento de “constrangimento ilegal”.