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O documento aponta que, às vésperas do 8 de janeiro, GDias teve acesso a informações de inteligência consideradas necessárias para ajustar os planos de segurança do GSI para proteger o Palácio do Planalto, mas não as repassou aos órgãos responsáveis para evitar a invasão. Para o relator da CPI, “a conduta do ex-ministro resultou na facilitação dos atos para subverter violentamente o Estado Democrático de Direito e instaurar um golpe de Estado”.

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Paralelamente, o relator isentou o então secretário de Segurança no Distrito Federal em 8 de janeiro, Anderson Torres. O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro ficou preso por quatro meses e é atualmente usa tornozeleira eletrônica e é investigado em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo atos antidemocráticos.

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No relatório, Hermeto pede a responsabilização de Cíntia Queiroz de Castro, então subsecretária de operações da Secretaria de Segurança do DF; e Fernando de Souza Oliveira, secretário-adjunto de Anderson Torres.

Ambos são apontados no relatório como “omissos” por não agirem para “compartilhar informações de um relatório de Inteligência com as polícias da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto para que ajustassem seus planejamentos”. Em depoimento à comissão, eles negaram as acusações.

Sobre a Polícia Militar, o relator pediu o indiciamento de Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, então comandante da 1ª Companhia de Policiamento Regional, por ignorar a chegada de diversas caravanas na véspera dos atos. O ex-comandantes da PM Klepter Rosa e Fábio Augusto Vieira, que estão presos pela Polícia Federal, não têm indiciamento pedido pelo deputado. O ex-diretor de operações da PM Jorge Naime também não.

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“O coronel Casimiro permaneceu firme em sua estratégia operacional, não buscando recursos adicionais junto ao Departamento de Operações conforme previsto no Plano de Operação”, diz o relatório.

Major da reserva da PM, Cláudio Mendes do Santos, que era apontado como um dos líderes do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, também teve o nome encaminhado para indiciamento. Tratado como “pastor”, segundo a PF, ele é suspeito de incitar atos antidemocráticos, administrar dinheiro usado para financiar as ações ainda ensinar táticas de guerrilha a radicais no acampamento.

“Exercendo essa liderança e, alinhado com a agenda e causas defendidas pelo movimento, ele desempenhava papel essencial na transmissão de mensagens e orientações aos presentes, contribuindo significativamente para a coesão e organização do grupo”, aponta o relatório.

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A expectativa é de que o relatório apresentado pelo deputado distrital seja analisado pela CPI na tarde desta quarta. Ainda não há consenso sobre o documento e o deputado Fábio Félix (PSOL) pretende protocolar um texto paralelo. Segundo, Félix, o documento quer evitar que o resultado final da CPI acabe “blindando figuras-chave da tentativa de golpe”.