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Invasor do celular de Moro é integrante do DEM. Walter Delgatti Neto é suspeito de invadir telefones celulares, incluindo os aparelhos de autoridades públicas como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Contudo, a prisão de Neto ocorreu nesta terça-feira,23. Ele foi detido em caráter temporário no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF).

O DEM informou que a expulsão sumária de Neto do partido foi determinada pelo presidente nacional da legenda, Antonio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador (BA). Mesmo com a investigação ainda em curso, para ACM Neto está claro que Walter descumpriu dever éticos previstos no Estatuto do partido.

No entanto, o partido informou que Neto não é um participante ativo do cotidiano. Walter era filiado ao diretório de Araraquara, cidade do interior de São Paulo onde reside. O partido disse ainda que não pode se responsabilizar pelas atitudes de seus milhares de filiados. “Condenamos, de maneira veemente e dura, o cometimento de qualquer ato de irregularidade por quem quer que seja”, comentou o partido.

Os envolvidos

Além de Walter, estão detidos, em Brasília, Danilo Cristiano Marques; Gustavo Henrique Elias Santos e sua companheira, Suelen Priscila de Oliveira. O advogado do casal Gustavo-Suelen, Ariovaldo Moreira, fez revelações a jornalistas. Disse que seu cliente confirmou que, há alguns meses, Walter lhe enviou, pelas redes sociais, imagens de uma suposta mensagem enviada pelo então juiz federal Sergio Moro a outras autoridades públicas.

Em contrapartida, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Polícia Federal (PF) fez nova descoberta. A PF verificou que aparelhos celulares usados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, também foram alvos da ação do grupo. De acordo com a PF, o grupo pode ter invadido ao menos mil linhas telefônicas.

Como já havia sido cogitado as invasões a celulares e divulgação de conversas tem como base interesse político.