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O presidente Lula (PT) é “persona non grata” em Israel. Esta é a decisão do governo de Israel comunicada pessoalmente ao embaixador do Brasil em Tel Aviv. Esse foi o teor mais significativo da convocação do embaixador “para receber reprimenda” no Ministério das Relações Exteriores israelense. É mais grave represália que precede o rompimento de relações diplomáticas.

A reprimenda foi feita ao embaixador brasileiro em local bem significativo. o Museu do Holocausto, e irá vigorar até que Lula peça desculpas e retire o que afirmou.

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“É um grave ataque antissemita”, afirmou o chanceler Israel Katz, ao embaixador brasileiro em tom grave. “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona nom grata em Israel até que ele se retrate”.

Lula não tem influência global e choca para não ser esquecido

A equiparação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez no domingo 18, entre a ação militar de Israel em Gaza e o extermínio de judeus por Adolf Hitler na 2ª Guerra Mundial é mais um item na lista de suas declarações ofensivas e absurdas.

A política internacional é o tema em que as palavras do presidente têm chocado mais. Houve 17 afirmações assim em 2023. Sobre economia foram 5. Frases controversas podem sair por descuido ou estratégia. Quando Lula está fora do país, a 2ª opção parece prevalecer. O presidente quer recuperar a influência internacional dos 2 mandatos anteriores.

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Frases controversas podem sair por descuido ou estratégia. Quando Lula está fora do país, a 2ª opção parece prevalecer. O presidente quer recuperar a influência internacional dos 2 mandatos anteriores. É muito difícil. Ele não é mais uma novidade e o mundo é outro. Tenta se firmar ao menos como um líder do Sul Global, os países menos desenvolvidos (antes chamados de Terceiro Mundo). Mesmo isso, porém, não tem funcionado.

A agenda na viagem à Etiópia é uma demonstração da falta de receptividade. Cancelaram encontro com o brasileiro na 6ª feira (16.fev) os presidentes Bola Tinubu, da Nigéria, e William Ruto, do Quênia, além do presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akiwumi Adesina.

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m dos objetivos da viagem à África foi mostrar que Lula e a diplomacia brasileira podem ajudar a mediar um acordo de paz entre Israel e o Hamas. Os sinais de que o Brasil possa ter relevância nisso seguem nulos. Lula subiu o tom no domingo. Emplacou talvez sua frase mais controversa até agora. Finalmente conseguiu maior repercussão na mídia. O Hamas elogiou a afirmação, que no governo israelense foi considerada uma ofensa do mais alto grau.

Já no Brasil seu pedido de impeachment já está em andamento. Isto porque, como chefe de Estado a fala de Lula não representa a maioria dos brasileiros, e um chefe de Estado deve representar seu país seu povo, Lula não tem feito isto. Do ponto de vista legal, deputados afirmam que a ação do presidente implica em crime de responsabilidade.

Terroristas do Hamas elogiam e agradecem Lula

O grupo terrorista Hamas agradeceu ao presidente Lula por sua declaração comparando as operações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocauto.

Em comunicado divulgado no Telegram, os terroristas afirmaram:

Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) agradecemos a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu aquilo a que nosso povo palestino está exposto na Faixa de Gaza como um Holocausto. A ação dos sionistas hoje em Gaza é a mesma que Hitler fez contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.”

Na nota, o Hamas classificou a declaração de Lula como “precisa” e disse que a fala “revela a enormidade do crime sionista cometido com cobertura e apoio aberto pela administração americana liderada pelo presidente Biden”.

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Lula e seu entorno costumam relativizar os ataques do Hamas e nunca classificaram o grupo como terrorista. A recíproca é verdadeira. Em outubro de 2022, o Hamas parabenizou o “lutador pela liberdade” Lula por sua vitória na eleição presidencial (VEJA VIDEO ABAIXO)

Falas de Lula envergonham brasileiros

As declarações deste domingo, como mostramos, foram feitas durante entrevista de Lula a jornalistas no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia.

O presidente voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como “vergonhosas” e “graves” as falas do petista. Para o premiê, as declarações “banalizam” o Holocausto e tentam “prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou mais cedo uma nota em repúdio às declarações de Lula e classificou a fala do petista como uma “distorção perversa” da realidade. Afirmou ainda que as falas ofendem a “memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.