Um dos alvo de mandado de prisão preventiva na operação que mira ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu círculo mais próximo, o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto (foto) desembarcou na madrugada deste domingo, 11, em Brasília. O militar estava nos Estados Unidos desde o final de dezembro e, por isso, não foi preso pela Polícia Federal na quinta-feira. (VEJA VÍDEO)
Corrêa Netto foi recebido no aeroporto pela Polícia Federal, que realizou os procedimentos para cumprimento da prisão e de busca pessoal.
Segundo as investigações, ele é suspeito, não foi apresentada prova, de ter empregado técnicas de militares com formação em Forças Especiais para direcionarem as manifestações nas portas dos quartéis e nos atos voltados às invasões no 8 de janeiro 2023.
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Não há explicações sobre as prisões visto que não apresentaram provas contundentes dos fatos até o momento. Desta forma, as prisões desrespeitam a presunção de inocência e o devido processo legal.
Também foram presos na quinta o major Martins de Oliveira, comandante do batalhão de Niterói (RJ), levado para a custódia do Exército no Rio de Janeiro, e o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, sob custódia do Exército em Brasília.
Corrêa Netto teve três passaportes e um celular apreendidos. Ele ficará sob custódia do Exército.
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Militares são alvo da Operação Tempus Veritatis
Operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira, 8, pela Polícia Federal, tem 16 integrantes das Forças Armadas entre os alvos. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos é um deles.
Segundo as investigações, os militares teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. A justificativa da elaboração do suposto golpe que foi apresentado pela PF e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, é um vídeo de uma reunião. (VEJA ABAIXO)
Em comunicado, a PF informou que as apurações apontam que o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022”, antes mesmo da realização do pleito, para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.