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Nomeação de Mercadantes ao BNDES paralisa negociação de Títulos Públicos

Nomeação de Mercadantes ao BNDES paralisa

Nomeação de Mercadantes ao BNDES paralisa negociação de Títulos Públicos. Investidores estão fugindo em pânico com o futuro do Brasil. Assim que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) será indicado o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as negociações dos títulos públicos via Tesouro Direto foram suspensas, por volta das 16h15 desta terça-feira (13). É o segundo dia seguido de interrupção nos negócios.

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A suspensão é em função da forte volatilidade nos preços e nas taxas. Com isso, investidores só podem comprar e vender papéis do Tesouro Selic. Quando há forte oscilação de preços e taxas, o Tesouro suspende temporariamente as vendas e compras para evitar que o investidor feche temporariamente as transações a um preço que possa ficar rapidamente defasado. Mercadantes é protagonista de inúmeros escândalos de corrupção no país.

Pela lei é proibido quem ocupa cargo de articulação política como ocupou Mercadantes no PT, ocupar cargo de direção em estatal, como é o caso do BNDES.

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Como já vem acontecendo, o cenário político provocou volatilidade no mercado nesta terça-feira (13). A indicação de Mercadante deverá trazer ainda mais turbulência, já que não estaria em conformidade com a Lei das Estatais, dado o envolvimento direto de Mercadante na campanha de Lula. O anúncio foi feito durante evento de conclusão dos trabalhos da equipe de transição de governo.

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Antes da suspensão nas taxas, na primeira atualização do dia, o Tesouro Prefixado 2033 oferecia remuneração de 13,20% ao ano, acima dos 13,17% vistos nesta segunda. O valor também era idêntico ao ofertado pelo Tesouro Prefixado 2029 nesta manhã, contra 13,18% ao ano registrados na sessão anterior.

Haddad e equipe também assustam

Depois de muita especulação, o próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou hoje que o economista Gabriel Galípolo será o secretário-executivo da pasta a partir de janeiro, no novo governo de Lula. O cargo é considerado número dois na hierarquia de um ministério. Esta indicação também causa pânico ao mercado.

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O anúncio veio após reunião de Haddad com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pela manhã, o futuro ministro da Fazenda já havia se reunido com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Galípolo é ex-presidente do banco Fator e muito próximo de Haddad e Lula. Hoje com 39 anos, é professor da UFRJ, pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e conselheiro da Fiesp.

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