Patrocinado

ONU aponta aumento de crimes ambientais na Amazônia pelo PCC e Comando Vermelho. O tráfico de drogas está acelerando os crimes ambientais na Amazônia Legal, à medida que facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) se apropriam das rotas de tráfico para explorar recursos naturais e cobrar taxas, de acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2023 das Nações Unidas. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.

LEIA: Investidor especulativo retira milhões da B3 em três dias

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

SAIBA: Ex-chefe da PM preso conta a CPMI que procurou o interventor no dia das manifestações mas foi ignorado

Esta nova dinâmica, de acordo com Aiala Colares Couto, pesquisador da Universidade do Estado do Pará (UEPA), foi impulsionada pela fuga de membros do PCC do sistema prisional em Roraima, o que levou à criação de uma “economia de narcogarimpo”. O crime organizado agora estabelece alianças com outras redes criminosas e pratica outros tipos de delitos ambientais.

VEJA: Governo lança edital de concessão de exploração da Mata Atlântica. Com receita aproximada a R$ 630 milhões

O relatório da ONU alerta que a “expansão de fronteiras agrícolas, pecuária, mineração, estradas, esquemas de desenvolvimento urbano e energético, deslocamento e migração impulsionados pela economia das drogas” estão entre os principais contribuintes para o desmatamento.

Enquanto isso, Bernardo Albano, promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MPAC), reitera que a presença beligerante do crime organizado na região amazônica se baseia na dominação das rotas de logística do narcotráfico, que agora também servem para transportar outros tipos de ilícitos.

LEIA: Lula afirma que Brasil vai financiar exportações brasileiras para Argentina

O relatório, que pela primeira vez inclui um capítulo específico sobre a criminalidade na Amazônia, aponta o papel desempenhado pela “economia da droga” no aumento da mineração ilegal, a principal fonte de mercúrio que polui os rios, assim como a grilagem de terras e a abertura de estradas clandestinas que contribuem para o desmatamento.

O documento observa que o CV vem expandindo suas operações de garimpo para a região de Madre de Deus, no Peru, enquanto o PCC se infiltrou em várias operações de mineração ilegal, oferecendo ‘proteção’, extorquindo ‘impostos’ e controlando poços e máquinas de dragagem.

MAIS: Qual o patrimônio do milionário Marcola do PCC?

ENTENDA: Justiça aciona governo por ‘abandono’ de indígenas

Essa tendência é embasada por uma análise de 369 operações da Polícia Federal realizadas ao longo de cinco anos, que mostrou que uma organização criminosa estava envolvida em 50% dos casos.

O relatório da ONU conclui que a confluência de crimes, incluindo esquemas de proteção, extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção, tornou as fronteiras entre Brasil, Colômbia e Peru particularmente violentas, afetando desproporcionalmente os povos indígenas e outras minorias que são forçados a se deslocar, sofrem envenenamento por mercúrio e estão mais expostos à violência e vitimização. (veja o vídeo denúncia abaixo).

AINDA: Jovem Pan tem pedido de cassação de concessão emitido pelo MPF