Papéis da Natura tem queda livre após resultado. Sendo que a rentabilidade foi o principal destaque negativo do resultado novamente, reforçam os analistas, com a margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita líquida) ajustada em 6,3% (queda de 2,3% na base anual e queda de 1% na trimestral), puxada pela The Body Shop (TBS) em 3,4% (-9,7%) e a Natura&Co LatAm em 9,0% (-1,1%.).
Papéis da JBS e Marfrig seguem direções diferentes após resultados
E assim, por mais um trimestre, os resultados da Natura&Co (NTCO3) evidenciaram o cenário repleto de desafios para a companhia de cosméticos. Às 13h42 (horário de Brasília), os ativos NTCO3 caíam 13,94%, a R$ 13,71, destacando-se entre as maiores baixas do Ibovespa após a um prejuízo líquido de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022. A companhia, assim, reverteu lucro de R$ 234,8 milhões do mesmo período do ano passado, o que foi explicado por maiores despesas financeiras e impostos.
Via Varejo reporta lucro de R$ 6 milhões no período
E assim, segundo o Bradesco BBI “é justo dizer que o ‘motor’ da Natura & Co na América Latina, particularmente a Natura – parece melhor do que há vários trimestres, com forte crescimento e uma margem EBITDA estável de 10,8%”, aponta o BBI. No entanto, avalia, o ponto de interrogação sobre a TBS cresceu (os canais de varejo estão lutando com menor tráfego, mas outros canais não estão mais acelerando), com a fraqueza nesse negócio elevando a lista de problemas que precisam ser corrigidos.
Contudo, o BBI também ressaltou que há algumas grandes frustrações, caso da contração da margem bruta, uma margem Ebitda dolorosamente baixa de apenas 3% na TBS e Avon International fraca, embora com deterioração limitada quando excluídas Ucrânia e Rússia.
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Desta forma, o banco classificou os resultados como uma “montanha-russa”. Para os analistas, existem grandes destaque positivos, com as vendas Natura Brasil crescendo 14%, as vendas Avon Brasil 5% maiores na categoria Beleza e mercados hispânicos crescendo bem com câmbio constante.
Sendo que, o BBI acredita que os resultados provavelmente não trouxeram o conforto sobre as estimativas e a convicção de uma recuperação na segunda metade do ano que os investidores estavam procurando. Com isso, reduziram o preço-alvo de R$ 30,00 para R$ 29,00 por ação ao final de 2022.