Preço de carros deve subir mesmo com queda do IPI

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Preço de carros deve subir mesmo com queda do IPI. Embora apesar de ter apresentado uma pequena recuperação de quase 3% em relação a janeiro, mesmo com menos dias úteis, as vendas de automóveis e comerciais leves em fevereiro somaram 120,7 mil unidades, o pior resultado para o mês em 15 anos. Na comparação com fevereiro de 2021 houve redução de 24%. Na soma do bimestre, os dados também são negativos, com queda de 26%, para 237,9 mil unidades.

Entretanto, alguns modelos ainda estão em falta no mercado por causa da escassez de semicondutores, problema que continua obrigando as fabricantes a darem férias coletivas ou fazerem dispensas temporárias (lay-off) de funcionários.

Contudo, a falta dos itens eletrônicos começou no final de 2020, foi muito crítica em 2021 e o mercado esperava uma melhora para este ano, mas o conflito entre Rússia e Ucrânia pode voltar a aprofundar a crise de desabastecimento.

Redução do IPI

Desde a última terça-feira, 1 de março, o Imposto de Produtos Industrializados (IPI) teve redução de até 25% em vários produtos, conforme o novo Decreto nº 10.979 assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. No caso dos automóveis, o bônus para o setor foi de 18,5%, mas na prática o preço não deve cair muito.

Entretanto, a redução no IPI de carros 0 km varia de acordo com o tamanho do motor que, segundo a tabela do Governo Federal chamada de Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Por isso, o número de TIPI que está no código da tabela indica a alíquota de imposto de cada categoria.

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E assim, os carros com motor 1.0 o imposto diminuiu dos atuais 7% para 5,7%. Portanto, o preço final do carro 1.0 teve redução de 1,3% em relação ao valor atual. E com os consequentes reajustes por parte das fabricantes, vai ficar difícil ver essa diferença nas concessionárias.

Preços de carros podem sofrer alta

Se você está pensando em comprar ou trocar de carro, saiba que os preços podem subir ainda mais diante do conflito entre Rússia e Ucrânia. Mesmo com a baixa relação direta com a indústria automotiva dos dois países, o mercado brasileiro corre risco de sofrer com esse conflito.

Isso porque uma guerra provoca um desarranjo na cadeia econômica global, principalmente se tiver efeitos sobre o câmbio. Os preços dos carros já passaram por uma forte alta nos últimos dois anos como efeito da pandemia da covid-19.

Um aumento do dólar impacta os custos diretos e indiretos dos automóveis. As commodities de um veículo são indexadas na moeda estrangeira.

Do ponto de vista global, o presidente de operações nas Américas da LMC Automotive, Jeff Schuster, observa que a invasão russa à Ucrânia afetará negativamente o fechamento de fevereiro e adicionará outra camada de risco substancial à recuperação em 2022.

“Uma oferta já apertada de veículos e preços altos em todo o mundo estarão sob pressão adicional com base na gravidade e duração do conflito na Ucrânia.”

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O aumento dos preços do petróleo e do alumínio provavelmente afetará a disposição e a capacidade dos consumidores de comprar carros, mesmo que o estoque melhore, segundo Schuster. A Europa reduziu as perspectivas para as vendas globais de veículos leves em 400 mil unidades.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal Financial Times, Rússia e Ucrânia são as principais fontes dos gases químicos na produção de semicondutores, o que pode prolongar a crise de abastecimento desses componentes.

Micron e Intel, contudo, informaram ao FT que possuem fornecedores globais e bom estoque, suficientes para que a crise não afete suas operações.

No segmento automotivo, embora Bosch e Aptiv tenham fábricas de autopeças na Ucrânia, uma interrupção de fornecimento não interferiria na cadeia global. Mas o fornecimento de paládio (usado em conversores catalíticos e semicondutores) e níquel para baterias gera preocupação.

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De acordo com reportagem publicada pelo jornal Financial Times, Rússia e Ucrânia são as principais fontes dos gases químicos na produção de semicondutores, o que pode prolongar a crise de abastecimento desses componentes.

Micron e Intel, contudo, informaram ao FT que possuem fornecedores globais e bom estoque, suficientes para que a crise não afete suas operações.

No segmento automotivo, embora Bosch e Aptiv tenham fábricas de autopeças na Ucrânia, uma interrupção de fornecimento não interferiria na cadeia global. Mas o fornecimento de paládio (usado em conversores catalíticos e semicondutores) e níquel para baterias gera preocupação.

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