Patrocinado

Embora tenha doado uma quantia milionária ao Partido dos Trabalhadores (PT) no ano das eleições de 2022, o presidente do conselho do conglomerado Cosan (CSAN3), Rubens Ometto, criticou severamente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Fórum Anual do Grupo Esfera, neste fim de semana.

LEIA: Empresários afirmam que canetada de Lula na MP 1.227 é “pedalada”

Na ocasião, Ometto disse que o governo desrespeita o espírito das leis aprovadas pelo Congresso e adotar estratégias que aumentam agressivamente a arrecadação de impostos “pelas bordas” para ampliar os gastos públicos.

MAIS: Governo Lula cria falsa necessidade de importação de arroz para vender produto com embalagem com propaganda própria

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui

LEIA: Navio da chinesa BYD chega ao Brasil com mais de 5 mil carros chineses para concorrer no mercado brasileiro

Ometto condenou o sistema de controle de gastos conhecido como arcabouço fiscal, afirmando que ele incentiva o governo a “taxar tudo”. Segundo ele, essa postura gera uma reação negativa em cadeia na sociedade, prejudicando o país e criando um mau exemplo vindo das autoridades.

– Como vamos melhorar nosso país se a autoridade máxima desrespeita as leis? – questionou.

No evento, Ometto também citou mudanças recentes nas regras que afetam as empresas.

MAIS: Ibovespa amplia queda após reunião privada de Haddad com empresários

– Eles estão mudando as normas e as regulamentações para arrecadar mais. Uma lei é publicada de um jeito e depois soltam normas para te morder e para te autuar. Isso aconteceu com as mudanças das regras do Carf, com a mudança do crédito presumido do IPI, com a mudança dos créditos do PIS/Cofins e com a desoneração da folha. Eles estão preocupados em morder e estão fazendo isso. E quando você faz isso você desrespeita a lei e cria um péssimo exemplo – citou.

O empresário ressaltou a ineficácia de aumentar impostos, afirmando que o dinheiro seria melhor utilizado nas mãos da iniciativa privada, que gera emprego e produz com eficiência. Ele defendeu programas sociais como o Bolsa Família, mas criticou o governo por querer administrar um Estado que só cresce.

AINDA: Arroz importado pelo governo Lula tem qualidade “duvidosa”. Leilão milionário foi vencido por mercearia de bairro e locadora de carros

– Temos de bater nessa tecla: o dinheiro na mão da iniciativa privada rende muito mais para o país do que na mão do governo. Quando eles fazem esse aumento de arrecadação eles estão tirando o dinheiro de quem trabalha com eficiência, de quem gera emprego, de quem produz, e passando para o Poder Executivo, que não tem essa habilidade – salientou.

Ometto também abordou a questão dos juros altos no Brasil, apontando a insegurança jurídica como um fator significativo para os elevados custos de financiamento. Segundo ele, se o governo organizasse a questão fiscal, os juros cairiam e o país voltaria a crescer, como ocorreu no primeiro mandato de Lula.

A medida provisória 1.227, recentemente aprovada, foi um dos pontos críticos mencionados por Ometto. Conhecida como MP da compensação, ela deve gerar uma arrecadação extra de R$ 29,2 bilhões por ano, mas especialistas já identificaram trechos inconstitucionais no texto. Ometto expressou preocupação com a influência do Executivo sobre o Judiciário, o que, segundo ele, leva a uma interferência prejudicial entre os Três Poderes da República.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada