Quais os fundos imobiliários com os piores resultados

O BBPO11 fundo precuperação fazenda referente ao pagamento de dividendos FII BTLG11
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Quais os fundos imobiliários com os piores resultados para o mês de outubro? Esta é uma questão que muitos se perguntam, principalmente diante da alta de juros quem vem se configurando mês a mês. Por esta razão, outubro foi um mês difícil para a maioria dos índices de renda variável do Brasil.

Com o IFIX, principal índice de fundos imobiliários da bolsa brasileira, não diferiu: encerrou o período com uma baixa de 1,50%, puxado pelo FII SP Downtown (SPTW11), que caiu 23,32% no mês.

Contudo, o avanço da inflação e dos juros continuam a impactar diretamente na cotação dos fundos de tijolo e dos fundos de papel listados no IFIX.

Além de mais uma alta na taxa Selic pelo Copom, de 1,5 p.p. para 7,75%, dando continuidade ao ciclo mais agressivo de aumento dos juros para conter a inflação, os fundos imobiliários também foram afetados pelo cenário político.

Como ficam os fundos imobiliários em 2021? Vale a pena?

Nestas condições cada um usa sua estratégia para tentar melhorar resultados. Visto que os investidores estão sempre se questionando, quais os fundos imobiliários com os piores resultados? Enquanto alguns fundos imobiliários de tijolo tentaram repassar o aumento dos preços aos inquilinos e melhorar seus rendimentos aos cotistas, os fundos de papel viram seus indexadores aumentarem e mais títulos de imóveis melhorarem suas taxas.

Entretanto, os fundos de tijolo apresentaram as maiores quedas. E assim, o troféu do pior dos piores do mês foi para o fundo imobiliário investindo em lajes corporativas SP Downtown. Ele teve o pior desempenho do IFIX no mês de outubro. O FII começou o mês com a cota avaliada a R$ 54,02 e fechou no último dia sendo negociado a R$ 44,49, com uma variação de -23,39%. Somente em 2021, o FII SPTW11 acumula 47% de queda.

Como Funciona o Fundo de Investimento Imobiliário (FII)

Por esta razão, os investidores estão revendo sua posição no FII SPTW11 em vista da queda no valor pago em rendimentos por cota do fundo imobiliário. Enquanto os pagamentos estavam em uma média de R$ 0,60, o valor vai para R$ 0,36.

Contudo, o fundo era composto por dois imóveis principais em seu portfólio locados para a Atento Brasil. No início de outubro, o FII divulgou em fato relevante a conclusão da venda de um deles, iniciada em 2019. Com isso, a Atento Brasil desocupou o imóvel no final de setembro e o fundo imobiliário não irá mais receber os rendimentos do aluguel deste inquilino.

Embora o FII SPTW11 estima pagamento de R$ 2,69 por cota, referente a outubro, pela venda do imóvel mencionado acima. Nos meses seguintes, a estimativa de rendimento por cota cai para R$ 0,36.

Imóveis com vacância acentuam perdas de fundos imobiliários

Em setembro, o XP Macaé já estava no ranking de maiores quedas do IFIX. Em outubro,a derrocada chegou a 18,81%, com a cota saindo de R$ 26,26 no início do mês para R$ 21,36 ao final. No ano, o FII XPCM11 registra 57,17% de desvalorização.

Entretanto, conforme relatório gerencial divulgado no último dia 25 de outubro, os gestores informam que “em virtude da redução das operações do setor de óleo e gás em Macaé/RJ nos últimos anos (atividade econômica de maior impacto na região), a Gestora, o Consultor Imobiliário e a CBRE direcionam os esforços para buscar potenciais inquilinos de outros segmentos”. Atualmente, a vacância do imóvel é de 100%.

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Isto significa que após a saída da Petrobras (PETR4) do Edifício Corporate Macaé, o fundo de tijolo busca inquilinos para ocupar o imóvel.

E assim, com patrimônio líquido de R$ 170,37 milhões, o FII XPCM11 registrou dividend yield anualizado de 8,42% em setembro, com a distribuição de R$ 0,21 por cota.

Mesmo mantendo-se estável fundo imobiliário tem resultado negativo

Com apenas um imóvel no portfólio e um inquilino locado, o FII GTWR11 é um fundo de tijolo estável. Ele mantém a consistência e rentabilidade.

O fundo detém 85% do Edifício Green Towers em Brasília, que está locado para o Banco do Brasil (BBAS3) por tempo indeterminado. Entretanto, em outubro, o Green Towers (GTWR11) caiu 12,75% em vista do cenário macroeconômico do País. No ano, o FII já acumula 29,81% de desvalorização.

E assim, o histórico de rendimento por cota do Green Towers está em R$ 0,67 por mês. É, inclusive, o valor estimado para pagamento em novembro.

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Desta forma, investidores analisam o risco de se manter em um ativo monoativo e de inquilino único. Além disso, com títulos de renda fixa pagando bons rendimentos, o FII fica em desvantagem. Entretanto, outro fator desfavorável ao investimento é o aumento da taxa Selic, com maior abertura na curva de juros e as dificuldades do cenário macroeconômico.