Qual é o melhor investimento ouro ou dólar na crise?

Qual é o melhor investimento ouro ou dólar na crise?
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Quando tratamos de investimento podemos nos questionar. Qual é o melhor investimento ouro ou dólar, em meio a crise mundial ocasionada pela pandemia do corona vírus. Onde as economias mundiais estão cada dia mais enfraquecidas, surge a necessidade de refletirmos sobre como cuidar do patrimônio que temos em um cenário onde a visão do futuro é incerta para todos.
Como cuidar de nossas reservas em um cenário adverso de forma a tentar deixá-las acessíveis para as necessidades e protegida da crise econômica e suas oscilações?

O investimento em ouro

“O investimento em ouro é historicamente conhecido como uma forma de proteção patrimonial em momentos de crise e instabilidade financeira. Ele é uma reserva de valor, além de ser o investimento mais antigo do mundo”, de acordo com Assafi Neto
Desta forma, é importante notar que o ouro é considerado uma commodity que confere estabilidade e segurança para uma carteira de investimentos.

Sendo assim, entende-se por commodity qualquer bem em estado bruto, de origem agropecuária ou de extração mineral ou vegetal. E ainda, produzido em larga escala mundial e com características físicas homogêneas, seja qual for a sua origem, destinado ao comércio externo.

Entretanto, uma vantagem do ouro sobre o dólar é que ele lastreia muitas reservas econômicas mundo afora. A valorização do metal é inversamente proporcional a maioria dos investimentos. Isto significa que ele tem uma tendência quando os ativos em bolsa e título de dívida estiverem em queda o ouro estará em alta. Obviamente isto não ocorre o tempo todo. Pois, assim, tornaria tudo previsível. O fato é que se você for avaliar gráficos a longo do tempo irá verificar esta tendência. Exceto em momentos onde a volatilidade é devido a crises mundiais ou políticas.

A valorização atual

Com o anúncio da pandemia do corona vírus houve o início de forte volatilidade nas Bolsas de Valores ao redor do mundo. “Neste período de incertezas o ouro foi um dos poucos ativos em valorização. Isto porque, em setembro de 2020 estava entregando retorno de 27%.

Considerado um ativo seguro em períodos de crise, o ouro vem registrando altas significativas. Em um ano, o metal precioso já registrou valorização de 78%, com o grama passando de R$171,36, em 25 de julho de 2019, para R$306,71 em 22 de julho de 2020”.

Contudo, é importante entender que o investimento em ouro é uma forma de reduzir eventuais perdas de patrimônio. Porém também pode ocorrer ganho financeiro em períodos de crise financeira e alta da inflação.

Embora o metal tenha como tendência uma cotação mais estável e tenda a ser proteção contra a oscilação dos investimentos em renda variável. Ele pode sofrer variações tanto para cima quanto para baixo. O ouro é um investimento mais adequado para estabilidade a longo prazo, havendo potencial de valorização.

Portanto, investir em ouro é possível através da compra do metal ou da compra de títulos com valor atrelado ao valor do ouro. Por sua característica de proteção o investimento em ouro deve ser realizado em momentos de calmaria econômica, visto que nestas condições o preço do metal é mais favorável.

Como investir em ouro

A maneira mais fácil de investir em ouro é através de fundo de ouro. Consiste em um fundo de investimento com contratos de valor lastreado em ouro. Esta opção de investimento possui maior liquidez e baixo custo.

Entretanto, existe também a opção de investir através da compra de ouro em espécie. Porém, não pode-se descartar o risco de roubo da barra, visto que a mesma será guardada pelo investidor.

E ainda, precisamos lembrar que “existe o spread que o investidor deverá arcar na aquisição das barras de ouro. O spread é a diferença entre o valor de compra e de venda do metal. E ainda é possível ocorrer o frete quando a pessoa não tem a disponibilidade de retirar a barra no local onde comprou. O ouro físico deve ser adquirido através de instituições credenciadas pelo Banco Central e pela CVM.

Onde comprar ouro

Comprar ouro em espécie com segurança precisa ser através das empresas autorizadas pela CVM e BC. Caso contrário, não ha garantia de recomprar. Nem tão pouco de que realmente esta comprando o metal puro e de qualidade. Algumas das empresas são o Banco do Brasil, Ouro Minas e Reserva Metais.

Entretanto, o investimento em ouro pode ocorrer ainda, através dos contratos negociados na B3 (Bolsa Brasil Balcão). Estes contratos podem ser futuros, a termo e a vista. Sendo o contrato à vista a opção com maior liquidez. No entanto, é necessário um volume de dinheiro maior. Neste tipo de negociação a transação ocorre através de uma corretora de valores e envolve taxa de custódia e corretagem.

Contudo, outra forma indireta de investir em ouro é adquirir os papéis de empresas estrangeiras de produção de ouro. Estas ações são negociadas nas bolsas de valores americanas. Exemplo de empresas produtoras de ouro são Newmont Mining, Barrick Gold entre outras.

Quais os riscos e vantagens de investir em ouro?

O investimento desta natureza oferece risco de commodity pela cotação do metal. Consideramos commodities os produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, em estado bruto ou pequeno grau de industrialização. E ainda, produzidos em larga escala e destinados ao comércio externo. Seus preços são determinados pela oferta e procura internacional da mercadoria.

E ainda, o risco de commodity pode ser explicado pelo risco de que os preços das commodities (por exemplo, soja ou milho), ou sua volatilidade implícita mudem. [‘Margining risk’] resulta de saídas de caixa futuras incertas devido a chamadas de margens (margin margin) que abrangem mudanças de valor adversas de uma determinada posição.

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Além do risco da empresa, devido a possibilidade de má administração da mesma. Entretanto, existem vantagens de investir em ouro. Dentre as vantagens deste investimento está a possibilidade de rendimento maior do que a renda fixa. O ouro pode funcionar como hedge em uma carteira de investimentos. Ou seja, ele funciona como proteção.

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Em outras palavras, o ouro também oferece grande liquidez nos mais diferentes cenários econômicos. Pode ser facilmente convertido em dinheiro já que é mundialmente reconhecido. No livro da coleção pai rico, pai pobre específico sobre metais precisos o auto Maloney, afirma o seguinte. “Lembre-se sempre que o ouro e a prata continuarão ainda por aqui muito tempo depois de que eu, você, as elites e as baratas se forem ”.
É um bem natural, perene e finito e por isto não sofre depreciação visto que não pode ser fabricado nem tão pouco possui prazo de validade.

Eu prefiro confiar no “dinheiro de Deus” — prata e ouro de verdade — em vez de confiar nas elites que

imprimem nosso dinheiro, comandam nosso governo, os bancos centrais, os bancos, os mercados de títulos e os

mercados de ações. Diferente da maioria dos investimentos, o ouro não está sujeito a intervenções do governo na

economia e por isto tende a ser mais estável do que outros ativos como moeda”.

Escreve Maloney no livro, Pai Rico Pai Pobre – Metais preciosos

Desvantagem do investimento em ouro


O ouro não é um investimento indicado para o curto prazo, não deve ser usado de forma especulativa. Por esta razão,
nem todo tipo de investidor é adequado a este investimento. Investir em ouro está sujeito a volatilidade no curto prazo devido sua alta liquidez. A sazonalidade, a demanda nas bolsas mundiais e o fluxo de importação e exportação do metal também influenciam em sua liquidez.

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E ainda, investimento em ouro dependendo do tipo escolhido não oferecer geração de renda mensal. E ainda, existem taxas e os contratos também têm custos altos. Quando o investimento é em espécie, a liquidez do metal também sofre variação de acordo com o crescimento econômico. Quanto maior o crescimento econômico menor a demanda e consequentemente a liquidez.

Não é ativo gerador de renda, sem possibilidade de gerar dividendos ou juros. Não possui a garantia do FGC, fundo garantidor de crédito. Está sujeito a roubo caso seja na opção barra ou jóias”.

Investimento em dólar

“É um investimento considerado de proteção (hedge), para a carteira. Em períodos de crise interna e alta da inflação a moeda americana é considerada um porto seguro. Desta forma, se a situação do país fica ruim possuir moeda estrangeira no exterior é uma segurança para o capital.
Não existe garantia de rendimento, entretanto é uma forma viável de diversificação”, segundo Assaf Neto.
Entretanto a última disparada da moeda estrangeira é uma amostra da importância da mesma em cenários de incerteza. “No ano de 2020 em meio a toda a crise local e mundial a divisa chegou a oferecer rendimento de 27%”.
“O investimento em dólar também garante o poder de compra em horizontes de longo prazo. A moeda americana é considerada em nosso dia a dia como um grande termômetro para a economia. Ela define preços de produtos e matéria prima importados e viagens.

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Entretanto, historicamente o dólar não está correlacionado aos ativos de risco do mercado nacional. Desta forma ele apresenta um comportamento inversamente proporcional à economia brasileira. A explicação para a moeda americana apresentar excelente valorização em momento de crise é facilmente entendida. Quando a economia apresenta fragilidade os investidores correm para retirar seu dinheiro do país. Neste momento ocorre um desequilíbrio entre a demanda e a oferta da
.
No Brasil, o mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central. As operações de câmbio são
realizadas entre os agentes autorizados (bancos, corretoras e distribuidoras, caixas econômicas, agências de turismo
etc.), e entre estes agentes e seus clientes. Exceto as operações de viagens internacionais e outras, bem específicas, as
demais operações de câmbio no Brasil são, em sua maioria, liquidadas através da emissão de ordem de pagamento. O
Banco Central, de forma mais específica, atua nesse mercado cambial visando principalmente ao controle das reservas
cambiais da economia e manter o valor da moeda nacional em relação a outras moedas internacionais.

Ouro ou dólar?


Partindo do contexto de entendimento sobre os dois tipos de investimento em questão, fica possível afirmar que comprar ouro se mostrou um ótimo investimento nos últimos anos, em diferentes cenários econômicos. Segundo um levantamento da Economática. Na avaliação do rendimento de 12 diferentes ativos em diferentes períodos de tempo, mostrou que o metal foi o
que obteve melhor retorno, superando até mesmo a bolsa de valores e os fundos imobiliários.

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No período dos últimos cinco anos, o ouro teve valorização de (148%) enquanto o dólar (35,45%). Além disso, no último ano, o metal ocupou a liderança sobre todos os tipos de investimento (62,22%) e o dólar (29,09%). A expectativa do mercado atualmente é de que, no curto e médio prazos, a tendência de juros baixos deve se manter, levando em consideração a guerra comercial EUA-China, o alto volume de emissão de moedas e a instabilidades nas uniões econômicas e políticas como na União Europeia.


O cenário de crises políticas e econômicas, principalmente agora com a pandemia do coronavírus, tem influenciado na confiança do investidor nos últimos anos. Por isso, muitos preferem comprar de ouro como forma de proteger seu patrimônio.
A tendência é de que isso continue por algum tempo. Tanto o dólar como o ouro são investimentos com característica de proteção (hedge) de carteira. Ou seja, eles devem fazer parte de um portfólio de investimento, mas não devem ser as únicas modalidades de investimento. Tanto dólar como ouro tem suas vantagens e desvantagens.

No entanto, para investir em ouro é necessário sempre pensar a longo prazo. Já o dólar tem a característica de servir tanto para longo quanto para curto prazo. O que podemos dizer em defesa do ouro é que, como o mundo está cada vez mais estranho, com perspectivas de novas crises, não só por conta da pandemia, isso pode favorecer o ouro.


Ao mesmo tempo, outro fator que leva muitas pessoas a investirem no ouro no Brasil é que ele sofre baixa influência inflacionária. Como a expectativa no país é, geralmente, de inflação acima da média, esse tipo de investimento se torna atrativo do ponto de vista protecionista. Ainda sobre o dólar, vale frisar que até o início de 1999 o governo brasileiro atuava no câmbio e por isso a moeda americana quase não apresentava variação até então.

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O ouro funciona como uma reserva de valor em momentos de incertezas financeiras, econômicas ou políticas globais. Desta forma tanto ouro como dólar devem fazer parte de uma carteira de investimentos. Ambos têm o mesmo objetivo, porém com resultados agregados de forma diferente para longo e curto prazo. Qualquer um dos dois tem o objetivo principal de proteção. Exatamente por esta razão a proporção dos dois ativos em carteira deve ser cuidadosamente avaliada para que não comprometa o resultado final do portfólio em cenários de crise.
Finalizando, tanto o dólar quanto o ouro não devem ser incorporados a um portfólio de investidor com o objetivo de retorno. Embora, possa acontecer algum retorno, a principal função destes ativos é a proteção.