Resultado trimestral assegurou Wall Street de que a companhia está melhorando seu principal negócio de fabricação e venda de veículos elétricos. O presidente-executivo da Tesla (TSLA), Elon Musk, disse na quarta-feira (23) que espera que as vendas de veículos cresçam 20% a 30% no próximo ano, com melhorias na tecnologia autônoma e o lançamento de modelos mais baratos, o que levou as ações da montadora a saltarem 12% no pós-mercado norte-americano, que se seguiu no pré-market da quinta-feira (24).
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O Goldman Sachs aponta que o resultado foi positivo, com margens mais fortes do que esperava. O banco acredita que os principais debates agora incluirão se a Tesla pode atingir suas metas de desempenho do Full Self-Driving (FSD), sistema de piloto automático dos veículos da marca, e crescimento da entrega de veículos para 2025, e também a sustentabilidade das margens.
Os preços das matérias-primas usadas para fabricar baterias para veículos elétricos têm caído e a Tesla diz que, como resultado, seus custos irão diminuir este ano, com o efeito diminuindo ao longo do tempo.
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A Tesla projetou um “crescimento modesto” na entrega de automóveis este ano, ultrapassando os 1,8 milhão de veículos entregues em 2023. A empresa também teve lucro acima das expectativas para o terceiro trimestre, embora a receita tenha ficado levemente abaixo do esperado.
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Seu resultado trimestral assegurou Wall Street de que a companhia está melhorando seu principal negócio de fabricação e venda de veículos elétricos, reduzindo receios sobre quando poderá produzir novos modelos, incluindo o “táxi-robô”.
O salto de 12% nas ações durante a teleconferência de resultados após o fechamento do mercado adicionava cerca de US$ 80 bilhões (ou R$ 455 bilhões) ao valor de mercado da Tesla. A ação caiu 2% nas negociações regulares de quarta-feira.
A Tesla afirmou que permanece focada em expandir sua linha de automóveis, cortar custos e fazer investimentos essenciais em projetos de IA e capacidade de produção, apesar da demanda incerta e de rivais diminuindo os investimentos em veículos elétricos.
“Os preparativos permanecem em andamento para a nossa oferta de novos veículos — incluindo modelos mais acessíveis – os quais começaremos a lançar no primeiro semestre de 2025”, disse a empresa.
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Musk tem se concentrado em transformar a Tesla de uma pura montadora de veículos elétricos para um agente líder na área de direção autônoma e inteligência artificial. Mas o evento em que apresentou seu táxi-robô este mês deixou investidores afim de mais detalhes sobre como a companhia planeja fazer isso.
A gigante de automóveis elétricos disse que os custos de mão de obra e de materiais para fabricar veículos caíram para seu patamar mais baixo já registrado, a cerca de US$ 35.100. O lucro ajustado por ação foi de US$ 0,72 no terceiro trimestre, superando a estimativa média de US$ 0,58.
A Tesla já entregou 1,29 milhão de veículos nos primeiros nove meses do ano. A empresa precisa entregar mais 514,925 automóveis para bater o recorde do ano passado.
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A empresa reduziu os preços no ano passado, levando a um declínio acentuado nas margens de lucro. Este ano, a montadora mudou sua estratégia para oferecer opções mais baratas de financiamento e descontos que, segundo analistas, poderiam diminuir a pressão sobre as margens nos próximos trimestres.
A receita da Tesla nos meses de julho a setembro foi de US$ 25,18 bilhões, contra estimativas de US$ 25,37 bilhões, segundo dados compilados pela LSEG. As vendas somaram US$ 23,35 bilhões no mesmo trimestre de 2023.
O Morgan Stanley tem recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 310. Para o banco, um dos resultados mais fortes da Tesla em algum tempo pode marcar um “fundo” nas expectativas de lucros automotivos (e também no sentimento do mercado). Enquanto isso, os comentários mais específicos sobre o “leve” crescimento de entrega em 2024 e lançamentos de novos produtos de próxima geração/menor custo a partir do 1S25 (primeira metade de 2025) ajudam a abordar as preocupações dos investidores em torno do crescimento da receita. O grande crescimento no capex (investimentos) levanta questões de curto e longo prazo sobre a intensidade de capital do negócio e o próprio modelo de negócio (de automóveis e inteligência artificial).
