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A plataforma de vídeos Rumble foi retirada do ar no Brasil nesta sexta-feira, 22, em resposta a recentes decisões da Suprema Corte do país, que exigiu a exclusão de perfis de criadores de conteúdo da plataforma. A empresa é listada na Bolsa de Valores americana.

Chris Pavlovski, fundador da Rumble, anunciou a decisão por meio de suas redes sociais, afirmando: “Decidimos desabilitar o acesso da Rumble aos usuários do Brasil enquanto lidamos com questões legais da Corte. Esperamos retomar o serviço em breve.”.

Ao acessar a plataforma, o usuário se depara com uma mensagem em inglês que diz: “Devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de nossa plataforma, o Rumble está atualmente indisponível no Brasil. Estamos a desafiar estas exigências do governo e esperamos restaurar o acesso em breve.” O termo ‘governo’ também poderia ser entendido como o ‘judiciário’ do país; não há esta confirmação.

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O Rumble já havia enfrentado uma decisão do Supremo em janeiro deste ano, quando solicitaram o bloqueio da conta do youtuber Monark, no entanto, a ordem foi desobedecida.

Monark fez parte da primeira iniciativa de expansão da empresa no Brasil em março do ano passado, quando assinou um contrato de exclusividade com a plataforma.

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O ministro Alexandre de Moraes negou o recurso contra o bloqueio de Monark e ameaçou aplicar multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Em agosto, o Rumble decidiu suspender o contrato com o youtuber. O CEO da plataforma destacou:

“Usuários com opiniões impopulares têm acesso gratuito à nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Dessa forma, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das demandas dos tribunais brasileiros.”

O CEO expressou decepção com a atuação da Corte e manifestou a esperança de que a decisão seja reconsiderada para que o Rumble seja restaurado no país, afirmando: “Estamos decepcionados com as decisões judiciais que fizeram com que o povo perdesse a capacidade de visualizar uma ampla variedade de conteúdos do Rumble. Esta ação não terá um efeito material em nossos negócios, mas esperamos que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para que possamos restaurar o serviço em breve.”

A perseguição ao influenciador Monark não parou a ponto de o mesmo abandonar o Brasil e se mudar para os Estados Unidos para continuar trabalhando pela internet.

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O Rumble, criado em 2013, é uma plataforma semelhante ao YouTube, com mais de 71 milhões de usuários em todo o mundo e com funções semelhantes, como ser inscrito de um canal, lives, chats, etc. Leia abaixo o comunicado oficial do CEO do Rumble.

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“Recentemente, os tribunais brasileiros nos obrigaram a remover alguns criadores do Rumble. Como parte da nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, nos comprometemos a não mudar as regras de nossas políticas de conteúdo. Usuários com pontos de vista impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Portanto, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das exigências dos tribunais brasileiros. Estamos desapontados com as decisões do tribunal que fizeram com que o povo brasileiro perdesse a capacidade de ver uma ampla variedade de conteúdo do Rumble. Esta ação não terá um efeito material em nossos negócios, mas esperamos que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para que possamos restaurar o serviço em breve.”

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