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Rússia ataca porto ucraniano e coloca Otan em alerta

Rússia ataca porto ucraniano e coloca em risco acordo de exportação de grãos. Desta vez, o alvo foi o porto no rio Danúbio, na região de Odessa. Duas pessoas ficaram feridas.

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Apesar do ataque não ter sido tão violento, ele ocorre um dia antes do encontro do presidente russo Vladimir Putin com o líder turco Recep Tayyip Erdogan. A expectativa é de que Erdgogan tente convencer o Kremlin a voltar para o acordo de grãos, que garantia um corredor para exportações pelo Mar Negro e ajudou a reduzir o preço dos alimentos no mundo em meio à guerra entre dois grandes produtores agrícolas.

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O movimento da Rússia é arriscado já que a OTAN tem uma regra clara que diz: o ataque contra um é o ataque contra todos. Ou seja, um erro de cálculo poderia colocar a Rússia em confronto direto com a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

De acordo com informações da agência AFP, Kiev acusou a Rússia de atacar instalações “industriais civis” às margens do Danúbio — na divisa entre a região ucraniana de Odessa e a Romênia, membro da OTAN — e afirmou ter abatido 22 dos 25 drones lançados. Ainda assim, segundo autoridades ucranianas, duas pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas.

O próprio exército russo admite que atingiu o porto de Reni, às margens do Rio Danúbio, e alegou que as instalações armazenavam combustível que seria usado para abastecer as tropas ucranianas.

A Romênia, por sua vez, criticou duramente o bombardeio. “Reiteramos nos termos mais fortes que esses ataques contra alvos civis e a infraestrutura da Ucrânia são injustificados e contradizem profundamente as regras do direito internacional”, declarou a em nota o Ministério da Defesa.

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O ataque ao porto ucraniano

O porto de Reni já havia sido atingido no fim de julho, quando a Rússia abandonou o acordou de grãos e lançou uma ofensiva contra infraestrutura agrícola da Ucrânia. O corredor aberto no Mar Negro permitiu que mais de 30 milhões de toneladas de grãos deixassem a Ucrânia e reduziu o preço global de alimentos em 20%, segundo dados da ONU, que mediou o acordo.

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A Rússia, no entanto, alegou que não teve as suas reivindicações atendidas e acabou com a trégua no Mar Negro. Apesar do bloqueio russo, o primeiro cargueiro civil que saiu do país conseguiu voltar à Ucrânia em agosto e o presidente Volodmir Zelenski disse neste fim de semana que outros dois navios atravessaram um “corredor temporário” de grãos.

Nesta segunda-feira (04), a tensão crescente na região será tema de um encontro entre Putin e Erdogan na cidade costeira de Sochi, às margens do Mar Negro na Rússia.

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