Santander eleva projeção de inflação para o Brasil e da novo alerta de risco fiscal. O Santander (SANB11) aumentou suas expectativas para a inflação no Brasil no horizonte até 2024, período de PEC do Rombo já aprovada no senado, e alertou para os riscos que a expansão fiscal planejada pelo governo eleito de Lula representa para a consolidação das contas públicas num longo prazo.
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O banco revisou o IPCA de 2022 para alta de 5,8%, contra 5,5% estimados antes, citando “surpresas altistas recentes em preços voláteis, em conjunto com o fim do efeito baixista do corte de impostos“.
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Para 2023, “agora consideramos novas altas de tributos, além dos efeitos de um mercado de trabalho mais aquecido”, disse o Santander, o que elevou sua projeção de inflação para o ano que vem a 5,4%, de 5,0%.
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“Dada a inflação mais alta no próximo ano, com pressões em grupos de preços mais rígidos/inerciais, revisamos o IPCA 2024 para 3,5% (antes 3,0%), o que implica uma trajetória ainda mais lenta de convergência inflacionária ao centro da meta”, afirmou o banco em relatório assinado por sua economista-chefe, Ana Paula Vescovi, e equipe.
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Em relação ao fiscal, o Santander passou a projetar um déficit primário do setor público de 1,5% do PIB em 2023, piora em relação ao rombo de 1,4% previsto anteriormente.
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O banco alertou que “a PEC (da Transição) aprovada no Senado tem potencial de impacto fiscal acima de 220 bilhões de reais, e a aprovação de legislação neste patamar geraria viés baixista às estimativas de resultado primário”.
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“Para o longo prazo, uma vez que assumimos que o atual nível das commodities não será permanente, seguimos vendo uma trilha arriscada para a estabilização da dívida, dada a reduzida eficácia das regras fiscais e as pressões para gastos sociais”, explicou o relatório.
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