Os contratos mais líquidos do petróleo subiram nesta sexta-feira, 9, acumulando a quinta sessão seguida de alta. O suporte para os preços continua vindo do recrudescimento das tensões no Oriente Médio e sua potencial implicação na oferta da commodity.O Brent superou US$ 82 pela primeira vez em uma semana. Os contratos acumularam alta de mais de 6% na semana.
a Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março encerrou com alta de 0,81% (+US$ 0,62), a US$ 76,84 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril avançou 0,69% (+US$ 0,56), a US$ 82,19 por barril. Na semana, o WTI avançou 6,32% e o Brent, 6,28%.
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta que ordenou o exército do país para que prepare um plano para evacuar a população de Rafah antes de uma esperada invasão à cidade no sul da Faixa de Gaza.
Netanyahu fez o anúncio em meio a críticas internacionais ao plano de Israel de invadir a movimentada cidade na fronteira com o Egito. Na quarta-feira, o premiê israelense disse que o país está próximo de vencer o Hamas definitivamente.
Os mercados de petróleo ainda não reagiram às crescentes tensões entre a Venezuela e a Guiana sobre um território disputado e rico na commodity, uma vez que os operadores não esperam que a situação se agrave a um ponto em que a oferta seja diretamente afetada.
“A produção da Guiana está aumentando e a Venezuela quer participar”, completou. Para o analista, é também pouco provável que os últimos acontecimentos desencorajem os investimentos devido às grandes perspectivas de crescimento da produção da Guiana e ao interesse dos EUA em manter a disputa territorial sob controle, dado o envolvimento da Chevron e da Exxon na região.
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Cenário interno assunta investidor no Brasil
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, pressionado principalmente pela queda das ações da Petrobras e da Vale, com agentes financeiros repercutindo também uma nova bateria de notícias corporativas, incluindo resultado e previsões do Banco do Brasil.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,15 %, a 128.025,7 pontos, mas acumulou na semana alta de 0,66%. Na máxima do dia, chegou a 128.895,67 pontos. Na mínima, marcou 127.579,4 pontos.
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O volume financeiro somou R$ 23,76 bilhões, em véspera de feriados no Brasil, com a B3 retomando os negócios apenas na quarta-feira.
“O índice precisa superar os 130.500 pontos para retomar o movimento de alta e buscar as regiões de 132.000 e a máxima de dezembro, em 134.400 pontos”, afirmaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista nesta sexta-feira.
“Do lado da baixa, a região de 126.400 pontos é o sinal de alerta para o investidor. Se perder esse suporte, o índice sairá da tendência de alta e encontrará próxima importante região em 124.800 pontos, outro ponto crucial que se perdido, poderá dar início à primeira tendência de baixa de curto prazo em 2024.”
Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,57% e fechou acima da marca dos 5 mil pontos pela primeira vez, embalado pelas chamadas ações “megacap”, entre elas Nvidia, em movimento ainda endossado por resultados fortes e revisões modestas de dados de inflação de 2023.
A bolsa brasileira, por outro lado, não conseguiu se aproveitar do bom humor externo diante dos desempenhos negativos de Vale e Petrobras.
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PETROBRAS (PETR3;PETR4), recuou 1,34% apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent encerrando com acréscimo de 0,69%. Fontes afirmaram à Reuters que o Ministério de Minas e Energia enviou à companhia ofício indicando a recondução dos seis membros que representam a União no conselho de administração da petrolífera. Além disto, a Petrobras assinou um contrato de prejuízo comprovado de R$ 500 milhões ou mais, e o mesmo está suspenso por investigação do TCU.
VALE (VALE3) ON caiu 0,44%, a 65,92 reais, sem a referência dos futuros do minério de ferro na China, com a Dalian Commodity Exchange fechada em razão de feriado no país asiático. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a Vale, cobrando ações de reparação e compensação por rompimentos de barragens de rejeitos de minério de ferro em Minas Gerais e defendeu a realização de um “acordo justo” por Mariana. Tudo isto é um jogo de ameaças com a mineradora com o objetivo de colocar seus escolhidos na presidência e no Conselho.
O fato é que o investidor já está atento, visto que a decisão sobre o novo CEO tinha prazo final para escolha na sexta=feira 9. Porém a mineradora cedeu ao governo Lula e adiou a decisão para data não divulgada, furando o cronograma pré-definido. Isto mostra ao investidor o nível de pressão de Lula sob a empresa e assusta o mesmo.
BANCO DO BRASIL (BBAS3) cedeu 1,66%, a R$ 57,57, mesmo após lucro acima do esperado pelo mercado no quarto trimestre, previsões para 2024 consideradas “sólidas” por analistas e aumento no payout para o ano corrente. Os papéis tinham atingido máximas históricas mais cedo na semana, em parte na expectativa pelos resultados. Para os investidores um fato importante nos resultados do Banco, é que ao contrário de todos os demais que reduziram os custos com funcionários, o BB está aumentando.