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Pix acabou com a receita bancária do Doc, saiba bancos que deixam de oferecer o serviço. De acordo com anuncio anterior da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as instituições financeiras devem extinguir o serviço de transferência bancária via Documento de Ordem de Crédito, conhecido com DOC, até fevereiro de 2024. A medida começou a ser aplicada em maio deste ano. A datas para fim do recurso são:

15 de janeiro de 2024: último dia para que os bancos ofertem a possibilidade de envio e agendamento de DOC;
29 de fevereiro de 2024: fim das transferências via DOC agendadas previamente.

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Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos. Levantamento feito pela Febraban, com base em dados divulgados pelo Banco Central, mostra que as transações via DOC em 2022 somaram 59 milhões de operações, apenas 0,09% do total de 63,062 bilhões de operações feitas no ano.

Lista de Bancos e agenda para o fim da emissão de Doc

O Banco Santander antecipou o início da desativação de transferências via DOC desde o dia 30 de agosto. Vale lembrar que os agendamentos realizados até agosto de 2023 serão efetuados normalmente até 28 de fevereiro de 2024. As transferências seguem normalmente nas modalidades Pix ou por TED.


A Caixa informou que seguirá o cronograma de encerramento estabelecido pela Febraban. A opção de realizar emissões de DOC ficará disponível em todos os canais até 15 de janeiro de 2024, sendo possível agendar emissões até essa data, com efetivação até 29 de fevereiro de 2024. A partir de 01 de março de 2024, o serviço de emissão de DOC será encerrado.

O Bradesco também confirmou que vai seguir o cronograma divulgado pela Febraban.

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No Banco do Brasil o serviço será prestado até 15 de outubro de 2023 para pessoas físicas e 15 de janeiro de 2024 para Pessoa Jurídica, tanto serviço de envio como agendamentos. Após as datas, os clientes poderão realizar as transferências entre instituições financeiras por TED ou Pix.

O Itaú informou que havia encerrado esse tipo de transação em janeiro – antes, portanto, do anúncio da federação. Mas seus clientes continuam recebendo transferências via DOC, uma vez que outras instituições ainda oferecem o serviço.

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Desde o início do segundo semestre de 2022, as transações nos canais físicos e digitais foram desligadas. Os primeiros canais desligados foram os físicos (caixas e Bankfone), que tinham menor número de transações. Em novembro de 2022, o Itaú descontinuou as operações em caixas eletrônicos e em celulares e, no fim de janeiro de 2023, as transações de pessoas físicas via aplicativo desktop foram desligadas.

Bancos perdem receita bilionário com a criação do Pix

Apenas em 2021, primeiro ano completo de exercício do Pix, pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, houve uma “perda” no valor de R$ 1,5 bilhão de receitas dos bancos com tarifas com contas correntes, de acordo com cálculos baseados nos balanços dos quatro maiores bancos do Brasil: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander.

Contudo, no mesmo período os mesmos bancos apresentaram um lucro consolidado de R$ 81,6 bilhões, segundo dados da Economatica, sendo o maior número nominal desde 2006. Dessa forma, a “perda” com o Pix representou menos de 2% do lucro de 2021.

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O Pix começou a ser operacionalizado no final de 2020 é um benefício do governo Bolsonaro para a sociedade que rapidamente ganhou popularidade no país. De acordo com uma pesquisa realizada em agosto de 2022 da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) a quantidade de usuários do Pix alcançou 51 milhões em março do mesmo ano, o que significa um aumento de 72%. Além disso, o número de usuários que efetuaram mais de 30 Pix mensais teve um aumento de mais de 800% no mesmo intervalo.

Banco também tem ganhos com o Pix

Já em 2022 opresidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que “não é verdade que os bancos perdem dinheiro com o PIX”.

O PIX é um sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central para facilitar transações financeiras. Ele é gratuito, está disponível 24 horas por dia e começou a funcionar em novembro de 2020. A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs (operações taxadas pelos bancos).

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“Você tem uma perda de receita em transferência, mas por outro lado novas contas são abertas, novos modelos de negócio são gerados, você retira dinheiro de circulação, que é um custo enorme pro banco, você aumenta a transação, então o transacional aumenta”, exemplificou Campos Neto.

É importante lembrar que a gratuidade do Pix é para pessoa física, para pessoa jurídica existe a liberdade de cobrança ou não de tarifa.

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