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Ações de empresa do presidente da Fiesp saltam após acordo sobre taxação da Shein. A companhia têxtil Coteminas registrou uma disparada nas ações na bolsa de valores nesta segunda-feira, 24. Por volta das 11 horas, os papéis ordinários (CTNM3) subiam quase 100%, chegando a R$ 8.

O aumento vertiginoso nas ações da companhia têxtil de Minas Gerais acontece depois da divulgação, na semana passada, de um acordo entre a Coteminas e a varejista de moda Shein. O memorando prevê que 2 mil confeccionistas da empresa brasileira passem a ser fornecedores da plataforma chinesa, para atender os mercados doméstico e da América Latina.

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A empresa pertence a Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Josué Gomes é filho do ex-vice-presidente José de Alencar.

Nas redes sociais, partidos de oposição criticaram a parceria. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que o acordo é uma “recompensa” ao presidente da Fiesp. Para ele, a parceria foi parte de uma “triangulação” mediada por Josué Gomes com a viagem da comitiva brasileira à China.

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Josué inclusive foi indicado por Lula para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços de seu governo, porém o empresário recusou o convite. O ministério foi depois ocupado por Geraldo Alckimin, vice de Lula.

Na semana passada, representantes da Shein reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Fiesp. Na ocasião, ficou acertado que a chinesa vai nacionalizar 85% dos produtos vendidos na plataforma em quatro anos, além de se adequar ao plano de conformidade da Receita Federal.

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Ciro Nogueira ironiza o acordo da Coteminas

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) reagiu ao anúncio da parceria entre a empresa do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, com a varejista chinesa Shein.

Em publicação nas redes sociais, na sexta-feira (21), o ex-ministro de Jair Bolsonaro disse se tratar de uma “recompensa” dada por Lula ao empresário, que havia recusado ser ministro do petista.

– Na campanha, o presidente da Fiesp sobe no palanque a favor de Lula. Faz manifesto pela “democracia”, como se fosse independente. Eleito, Lula o convida para ser ministro. Recusa, mas agora ganha sua recompensa – escreveu o senador.

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Ciro levantou dúvidas quanto à natureza da parceria, citando uma suposta “triangulação” e a viagem de Lula à China.

– Numa triangulação, a empresa chinesa que estava para ser tributada pelo governo brasileiro, após viagem a Pequim, decide investir…nas duas empresas do presidente da FIESP, praticamente quebradas! A democracia não tem preço! Será mesmo? – ironizou.

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