Aprenda o que são as opções e como investir. Se você quer investir neste mercado, aprenda primeiro antes de iniciar, pois os riscos são muitos. Investir em opções significa ter um contrato com o direito de comprar ou vender um ativo (ações, moedas etc.) ou mercadorias (café, soja, milho etc.) a um determinado preço em uma data futura também pré-determinada.
As opções costumam ser utilizadas, por exemplo, por investidores que aplicam em ações como uma forma de proteger os papéis contra possíveis perdas por conta da volatilidade do mercado de renda variável.
Aprenda estratégias básicas com opções
Os contratos de opções sobre ações são instrumentos derivativos criados para mitigar riscos de oscilação de preço, de modo a oferecer um mecanismo de proteção ao mercado contra possíveis perdas, além de servir para criar estratégias especulativas em relação a trajetória de preço e a ampliação a exposição e do potencial de retorno de um investidor, já que o capital inicialmente investido para comprar uma opção é relativamente pequeno.
Onde negociar opções
Assim como ações, as opções são negociadas diretamente na B3, (Bolsa de Valores) e podem ser pesquisadas como outros ativos, a partir dos códigos que as identificam no mercado. Um código de opções possui cinco letras e um numeral – diferentemente dos papéis das empresas na bolsa, que têm quatro letras e um número que indica se é uma ação ordinária (ON) ou preferencial (PN).
Opções de ações preferenciais (PN) da Petrobras (PETRT6 é um exemplo) vêm com uma quinta letra que sinaliza se estamos falando de uma opção de compra ou de venda e qual o mês de vencimento.
Entenda as opções
Para entender o que são opções, vamos compará-la com o sistema de seguro de automóvel.
Funciona assim: você contrata o serviço por um determinado valor. Se acontecer de bater o carro, é só acioná-lo. Acontece que, para utilizar esse benefício, é preciso pagar a franquia do automóvel. Ou seja, quando contrata o seguro, na verdade você está contratando o direito de utilizá-lo ou não. A escolha é totalmente sua.
A opção funciona da mesma forma: o comprador (ou titular) tem o “direito do exercício”, isto é, de efetivamente realizar a compra de um ativo. Mas isso não significa que ele tem a obrigação de exercer esse direito.
Já o vendedor da opção, conhecido como lançador (que no nosso exemplo seria a seguradora), tem a obrigação de vender o ativo caso o titular escolha exercer seu direito, ou seja, comprar o ativo (ou consertar seu carro). Entendeu a comparação?
Aprenda a investir em dividendos
Na compra da opção, é pago um prêmio, que não é o preço do ativo, mas sim um valor para ter a possibilidade de efetivar a operação no prazo estipulado, ou seja, o pagamento do seu seguro. Em resumo, é o valor pago pelo titular para adquirir o direito de comprar ou vender o ativo pelo preço de exercício em data futura.
Quando bate o carro, é hora de ver se compensa usar o seguro ou se fica mais em conta pagar à parte. Se o conserto para arrumar a batida ficou em R$ 1.200,00 e a franquia do seu seguro é R$ 1.600,00, não compensa utilizar a franquia. É mais barato pagar à parte, sem envolver o seguro. Mas se o conserto custar R$ 2.500,00, aí sim vale a pena acioná-lo.
No mundo das opções, é bem parecido. Vamos supor que as ações da empresa XYZ estejam cotadas a R$ 25. Você até pensa em comprar os papéis, mas só vai ter esse dinheiro daqui dois meses, e acha que essas ações vão se valorizar ao longo desse período. Então decide comprar as opções desse papel.
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Caso você adquira por R$ 3 o direito de exercer a compra dos papéis a R$ 25, ao final dos dois meses alguns cenários são possíveis. Um deles é o papel se valorizar e chegar a R$ 30, por exemplo, e você terá o direito de comprá-los por R$ 25 (ou seja, a cotação no dia em que a opção foi adquirida). Nesse caso, o lucro será de R$ 2 por ação, já que devemos descontar o preço gasto para investir nas opções (R$ 3). Ou seja, compensa exercer o seu direito de compra.
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Num segundo cenário, em que os papéis da empresa XYZ atinjam R$ 28 no vencimento da opção, você pode exercer o direito de compra e, como investiu R$ 3, não terá prejuízo. Já se as ações caíram para R$ 21, não faz muito sentido exercer o direito de compra, certo? Afinal, os papéis estariam abaixo da cotação inicial. A única perda, nesse último cenário, será de R$ 3, aquele valor que você gastou para investir nas opções.
Isso também pode acontecer ao contrário: você pode ser o vendedor das opções, exercendo o direito de venda de seus papéis quando achar conveniente.
Quanto custa e a tributação
Assim como ao investir em ações, há custos para aplicar em opções. Entre eles, a taxa de corretagem, cobrada pela corretora de valores. Também há a taxa de custódia pelo serviço de guarda da aplicação. Esses percentuais variam conforme a instituição. Nas operações ainda incidem emolumentos, como são chamadas as taxas cobradas pela B3 para cada operação de compra e venda de ativos.
As opções têm incidência de IR (Imposto de Renda) de 15% sobre o rendimento líquido e de 20% para operações de “day trade”, quando compra e venda acontecem no mesmo dia.
Ao contrário do investimento em ações, que isenta de IR ganhos de capital abaixo de R$ 20 mil num único mês, com as opções o investidor não tem esse benefício tributário.
Quais os riscos de investir em opções?
A volatilidade do mercado é um dos principais riscos do investimento em opções. Isso porque elas estão associadas a ativos mais arriscados como moedas, ações, commodities (matéria-prima em grande escala como café, petróleo, carne). Outro risco é a liquidez, ou seja, a facilidade de resgatar o dinheiro aplicado. Na prática, caso você compre um contrato de uma opção com baixa liquidez, pode ser obrigado a vendê-lo com deságio (abaixo do preço do mercado) e, assim, abrirá mão de parte do lucro.
O que é a call em termos de investimento?
No mercado financeiro, conhecemos como call a opção que indica que o seu detentor tem o direito de comprar uma ação pelo preço de contrato inscrito no momento do acordo firmado.
É importante dizer que a negociação desse ativo não implica em uma obrigatoriedade para o investidor, que tem uma opção de compra.
Ou seja, depois da compra, ele tem a escolha de exercer ou não sua opção até o final do prazo de vencimento da mesma.
Compra de call
Durante a compra de uma call option, o investidor ficará sabendo qual é o ativo-objeto de onde deriva a opção de compra, o preço pré-estabelecido e o prazo máximo que ele tem para exercer seu direito.
Quando comprar call
De maneira geral, a compra de uma call tem por trás a crença de que o preço dos papéis originais deve subir em um futuro próximo.
Assim, o investidor investe na compra de derivativos para “congelar o preço” conforme ele está no momento da compra da opção.
Venda de call
Existem diversas variáveis que podem influenciar nos resultados dessa transação, e é preciso ficar atento.
A venda de uma call deve ser feita sempre observando qual será sua capacidade de exercer o direito de compra no futuro, a cotação do ativo-objeto nos próximos dias e, é claro, as diretrizes do seu planejamento financeiro.
Quando vender call
A venda de uma call se torna interessante ao investidor sempre que existe a ameaça de desvalorização das ações de onde deriva a call.
Assim, é possível ganhar dinheiro com os derivativos antes que o ativo-objeto caia para além do valor estipulado no contrato e “vire pó”.
Investidores reais investindo em terrenos virtuais
O que é put?
Chamamos de put o derivativo que dá ao proprietário a opção de vender suas ações pelo preço estipulado durante a compra da opção, ainda que os títulos venham a se desvalorizar.
Aqui, também não existe a obrigação de fazer valer o contrato, apenas a possibilidade (e o direito a exercê-la).
O que é a put em termos de investimento?
A compra de uma put option indica ao investidor que ele tem a possibilidade de vender seus títulos de um ativo-objeto por um preço predeterminado, desde que a compra se efetive no prazo estabelecido.
Quando comprar put
O principal objetivo de uma put é “congelar” o preço de venda de uma ação para que seu proprietário possa vendê-la com aquele valor – mesmo em caso de queda de sua cotação na bolsa.
Venda de put
O investidor que faz a venda de uma put abre mão do seu direito de venda do ativo-objeto com o preço estipulado no contrato, mas fica com o prêmio – que é como chamamos o valor pago pela compra de opções.
Quando vender put
Da mesma forma que acontece com a call, a venda de uma put pode ser uma estratégia interessante de gerar renda quando você crê que haverá uma valorização do ativo-objeto superior ao valor de contrato.
Como diferenciar uma call de uma put
Até aqui, falamos das opções de compra e venda, mas não definimos a diferença básica entre os dois termos.
Ambas as opções tem o objetivo de “congelar” o preço das ações para o futuro próximo.
Porém, enquanto a call dá ao investidor o direito de compra de uma ação, o put é a opção que garante o direito de venda das mesmas ações.