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Ataque ao Irã interrompe quedas do petróleo que passa a subir

RETALIAÇÃO RUSSIA PETROLEIROS PARADOS
IMAGEM ILUSTRATIVA WIKIMEDIA

O preço do barril de petróleo bruto (Brent) aumentou após um ataque terrorista no Irã ter deixado mais de 100 mortos nesta quarta-feira,3. O evento interrompeu o que era uma série de quedas na cotação mundial da commodity. A Petrobras (PETR3;PETR4), também virou de queda para alta com a notícia.

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Às 16h (horário de Brasília), a cotação do barril estava na casa dos 78 dólares, alta de 3%. O preço do Brent chegou a um pico de 80 dólares no dia 26 de dezembro, mas veio caindo desde então, até um patamar de 75 dólares nesta terça-feira, 2.

O ataque contra um comboio que se dirigia ao túmulo do general Qosem Soleimani, morto no Iraque em 2020, tem relevância geopolítica — primeiramente porque Teerã integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e é um dos 10 maiores produtores no planeta. Pelo menos 211 pessoas ficaram feridas.

Segundo a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária do Irã, duas bombas escondidas em pastas foram detonadas por controle remoto, uma a cerca de 700 metros do túmulo de Suleimani e outra, a quase 1 km, no cemitério de Kerman (820 km a sudeste de Teerã). Inicialmente, a contagem era de 73 mortos, depois passou a 103, mas foi refeita.

Até o momento o atentado não teve autoria reivindicada há diversos grupos contrários a Teerã em operação no país. De lados opostos, o aliado do Irã Vladimir Putin e a adversária União Europeia condenaram a ação.

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Ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani morreu em janeiro de 2020 em um ataque aéreo com drones, no Iraque. O governo americano assumiu a autoria do ataque, afirmando que o general tinha “planos para atacar tropas e diplomatas norte-americanos”.

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Soleimani é considerado um herói nacional no Irã.

Desejo de vingança
Desde que Soleimani foi morto no Iraque, autoridades iranianas dizem abertamente que o regime do país deseja vingar a morte do general.
O general Amirali Hajizadeh, que comanda a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã, afirmou em fevereiro de 2023 que o Irã mantém a expectativa de “poder matar” o ex-presidente dos EUA Donald Trump, autor da ordem do bombardeio em 2020.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, também prometeu vingança contra os Estados Unidos.

“Não esquecemos e não esqueceremos o sangue do mártir Soleimani. Os americanos devem saber que a vingança pelo sangue do mártir Soleimani é certa, e os assassinos e perpetradores não terão sono fácil”, disse o presidente iraniano em janeiro de 2023.

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