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Ex-chefe da PM preso conta a CPMI que procurou o interventor no dia das manifestações mas foi ignorado

Ex-chefe da PM preso conta a CPMI que procurou o interventor no dia das manifestações mas foi ignorado. O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-líder do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), revelou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro que suas tentativas de contato com Ricardo Cappelli, que na época era braço direito do Ministro da Justiça, Flávio Dino, foram infrutíferas no dia dos protestos.

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Inclusive o coronel pede que os congressistas acompanhem suas conversas com seus superiores através de seu celular para confirmar suas afirmações. Após os atos de 08 de janeiro Cappeli é nomeado interventor do Distrito Federal.

Naime, foi chamado de suas férias para trabalhar no dia 08 de janeiro no final da tarde após início dos atos e depois da ligação da equipe do governador Ibaneis Rocha, disse que também foi orientado por Fernando Neto, assessor federal, a mantê-lo informado sobre a situação na Esplanada.

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Ainda na sessão da CPMI, Naime, que inicialmente havia apresentado um atestado médico para se ausentar, decidiu comparecer, apesar do alerta de seu médico sobre possíveis riscos à saúde. O Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que Naime participasse da audiência acompanhado de seus advogados e permitiu que ele se mantivesse em silêncio se desejasse.

O coronel está detido há quase cinco meses, mas, até o momento, o Ministério Público não ofereceu sequer uma denúncia contra ele. Naime diz não saber o motivo da prisão. O pedido da detenção partiu da Procuradoria-Geral da República, que alegou risco de fuga por parte de Naime.

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A informação faz parte de uma denúncia da ex-mulher do coronel, Tatiana Belt, que disse ter sido agredida com uma barra de ferro por ele ao tentar impedir a suposta fuga de Naime com os filhos para a Bahia.

Em seu depoimento, o coronel negou a acusação da ex-mulher e disse que Tatiana tenta reatar o relacionamento com ele até os dias atuais, mesmo ele sendo casado há dez anos. “Tatiana já me acusou injustamente de estupro contra a minha própria filha”, contou ele aos parlamentares.

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Durante a CPMI, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) disse que, após a sessão, a oposição deve se reunir para assinar um pedido de revogação de prisão para Naime, que vários deputados consideram uma prisão política.

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