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Comandante do Exército tenta blindar imagens das Forças Armadas na CPMI do 8/1. O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, se encontrou com a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama, em meio aos avanços das investigações sobre integrantes das Forças Armadas. A reunião aconteceu na semana passada e foi confirmada pela assessoria da senadora.

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Fontes do Exército ouvidas pela CNN disseram que, durante o encontro, Tomás e Eliziane conversaram sobre como se dariam as convocações de militares do Exército para depor no colegiado, num esforço do comandante de proteger e melhorar a imagem da instituição.

Desde que o envolvimento de militares no caso das prisões de pessoas inocentes em frente ao quartel do exército em Brasília, veio à tona, a avaliação da credibilidade da instituição frente à população vem caindo.

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Por isso, o comandante do Exército vem articulando formas de diminuir os impactos das investigações na imagem da CPMI, conforme pontuaram as fontes ouvidas pela CNN.

Neste mesmo intuito, o general Paiva se encontrou com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), também na semana passada, no Quartel General do Exército, em Brasília.

“Essa CPMI não vai adentrar em questão de venda de joias, porque isso não está relacionado com o 8 de janeiro. A não ser que chegue na CPMI alguma vinculação que pode demonstrar alguma ação dessa natureza, não vejo sentido de quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República”, disse Maia em entrevista.

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O presidente do colegiado também negou que tenha havido qualquer tipo de pressão por parte do Exército para que a CPMI deixe de convocar militares.

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Desde o início da CPMI, foram convocados seis integrantes das Forças Armadas. Três deles são generais: o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, cujo depoimento está marcado para a próxima quinta (31); o ex-ministro do GSI Augusto Heleno; e o ex-comandante militar do Planalto Gustavo Dutra. Ainda não há data marcada para ouvir os dois últimos convocados.

Parlamentares governistas da CPMI querem ouvir ainda o ex-ministro da Defesa Paulo Sergio, o ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-gerente da Apex Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Tentam transformar a CPMI de 08 de janeiro em alguma outra CPMI que investiga qualquer coisa que não as ações e omissões do 08 de janeiro.

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Os requerimentos para convocação destes militares ainda não foram colocados em votação. Na semana passada, a comissão aprovou uma nova convocação de Mauro Cid.

A cúpula da CPMI ainda articula a proposta de um acordo de delação premiada a Cid. A relatora tenta inclusive retomar questões de cartão de vacina, que nada tem relação com o 08 de janeiro para mudar o foco das investigações que a sociedade brasileira tanto tenta entender. O objetivo da CPMI como o próprio nome diz é investigar os responsáveis pelas ações e omissões do dia 08 de janeiro na sede dos três poderes em Brasília.

Entretanto, parlamentares ligados a Lula não aceitam convocar presos no dia dos atos e que já tem ligação comprovada com os atos. Além do General Dias, ministro de Lula que no dia dos atos, imagens mostram estava no local servindo água aos manifestantes.