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Ex-funcionários da XP reclamam sobre bônus após demissões. Alguns funcionários que foram demitidos da XP nos últimos meses de analistas, assessores de investimento alegam que não receberam o pagamento de participação nos lucros (PLR), referente ao segundo semestre de 2022.

O valor estava programado para cair na conta em 16 de fevereiro. Em diferentes posts no LinkedIn esses trabalhadores reclamam que não receberam o valor supostamente prometido, e que haveria falha de comunicação por parte da empresa, dificultando o contato com a XP após o desligamento, para que possam entender o motivo da falta de pagamento de bônus.

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Em geral no mercado financeiro, as cláusulas para pagamento de bônus variam de acordo com a posição e cada contrato, e são atreladas ao cumprimento de metas de resultados da empresa. Há também um componente de discricionariedade, o que explica, por exemplo, a redução vista no bônus em diferentes bancos de investimento nos últimos meses em relação a redução dos negócios.

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A XP tem promovido cortes de analistas até executivos em postos de liderança nos últimos meses em áreas como marketing, reserch e tecnologia. Estimativa do BTG Pactual (BTG11), aponta para um corte total de até 18% dos funcionários.

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Em teleconferência com investidores na quinta-feira, 16, sobre os resultados do quarto trimestre, a administração da empresa disse que sua força de trabalho encolheu 5,5% em janeiro, em relação ao mês anterior e prometeu continuar com outras medidas de corte de custos ao longo do ano.

“Nós não perguntamos se isso será suficiente para os investidores neste ponto ou se uma mudança estratégica mais profunda pode ser necessária”, afirmou o analista Gabriel Gusa do Citi, em relatório.

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Apesar da queda de 10% no lucro operacional, o bônus total pago aos colaboradores em 2022 foi 2% maior do que o de 2021. Chegando a R$ 1,8 bilhão. Segundo fontes que pediram para não ser identificadas, por se tratar de informação privilegiada.

Balanço do quarto trimestre da XP

As reclamações de falta de pagamento do bônus semestral ocorrem em um cenário de forte desaceleração de crescimento pela XP. A captação líquida de investidores de varejo caiu 11% de outubro a dezembro na comparação com os 3 meses imediatamente anteriores. Para R$ 29 bilhões, ou R$ 9,6 bilhões por mês. Segundo os números da prévia operacional, divulgados em janeiro. Não se sabe ao certo, porém o resultado eleitoral pode ter ajudado nesta queda devido ao cenário de insegurança para os investidores. Outro ponto, é que a XP foi uma das empresas da Faria Lima que mais apoiou a eleição de Lula á Presidência da República, grande parte de seu público alvo tem viés político oposto. E desde então a questão de valores políticos tem influenciado as escolhas por empresas no país.

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No total, a captação da XP recuou também 11%, para R$ 31 bilhões versus R$ 35 bilhões no terceiro trimestre e R$ 41bilhões um ano antes. Os números ficaram aquém da estimativa por analistas do mercado.

As ações da companhia chegaram a cair até 22% na Nasdaq na sexta-feira, 17. O menor valor intraday já registrado. Após a divulgação dos números trimestrais.

A XP afirmou que cumpri rigorosamente a legislação trabalhista e é considerada por diversas premiações do setor como uma das melhores lugares para se trabalhar.

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Com Bloomberg