Exchange cripto no Shark Tank um golpe nos bastidores

Exchange cripto no Shark Tank um golpe nos bastidores
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Exchange cripto no Shark Tank um golpe nos bastidores. E foi justamente o que aconteceu no programa Shark tank. Porém, essa mesma empresa junto com um de seus sócios, estiveram envolvidos em algumas polêmicas que, com certeza, mancham e muito a imagem do programa brasileiro. A empresa apareceu em um dia normal na quarta temporada do Shark tank Brasil.

E assim, entrou em cena a Eletro Pay, uma empresa focada em pagamentos através de criptomoedas. Naquele ano, aquela era uma das melhores das várias ideias que já havia passado pelo programa. Ela de fato parecia ter um grande potencial. Os sócios Saint Clair e Rodrigo começaram a apresentar um negócio.

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Em resumo, a ideia consistia em uma maquininha que aceita esses pagamentos através de criptomoedas. Portanto, se você é um lojista, por exemplo, na hora que o cliente for fazer o pagamento do produto que ele comprou ao invés de utilizar o cartão de crédito ou dinheiro. O cliente pode optar por fazer o pagamento através dessas moedas digitais. Ele digita o valor em reais, escolhe a cripto e é gerado um QR Code. A partir daí, é só usar o celular para pagar e já sair com o comprovante na hora.

Além disso, o comerciante pode optar por vender frações de criptomoeda e conseguir um bom faturamento. E assim, foi justamente essa possibilidade que os Sharks mais discutiram. Acreditavam ser um negócio visionário, porém com um alto custo de investimento.

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Isto porque, o valor pedido para o negócio foi de R$ 3.2 milhões por 10% da empresa, tendo um valuation de R$ 32 milhões de reais. Lembrando que o momento do programa foi em 2019. Ou seja, esse mercado de criptoativos era ainda menos concorrido e ainda mais promissor.

Porém, algo curioso é que todo o negócio tinha zero de faturamento, ou seja, o investidor que entrasse basicamente estaria investindo em uma ideia. Eles justificaram esse valuation fazendo projeções ultra otimistas. No entanto, os números não convenceram, e isso fez com que parte dos investidores ficassem desinteressados.

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Entretanto, esse pedido de investimento foi o maior do Shark tank Brasil até aquele momento. De cara, depois dessas informações Cristina, Caito e Semenzato saíram da jogada. Já Camila vislumbrou possibilidades do negócio e fez uma oferta de R$ 3.2 milhões por 20% da empresa. Porém, com várias condições. E ainda, João Apolinário fez a mesma proposta que Camila, uma junção entre os dois tubarões, foi descartada e, na sequência, Camila foi escolhida.

Desta forma o negócio era de R$ 3.2milhões por 20%, com R$ 16 milhões de valuation. Era a maior negociação já feita em Shark tank até então. Tudo parecia certo, mas após um tempo, uma publicação no twitter de um usuário chamou a atenção de muitas pessoas.

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E assim, começaram as críticas sobre o então investimento na EletroPay. A polêmica veio depois que Saint Clair, um dos sócios da empresa, foi acusado na publicação de não estar pagando os seus clientes em outra empresa, na qual ele também é sócio a 3XBIT.

No entanto, foi levantado que ela oferece serviço para a própria EletroPay participante do Shark Tank. A 3XBIT foi uma das maiores corretoras de bitcoin, segundo alguns sites. E então, vinha sofrendo com inúmeras reclamações sobre a falta de pagamento. As quais na maioria das vezes nunca sequer foram respondidas. No próprio site Reclame aqui a lista de problemas com a empresa é enorme.

E assim, a grande maioria das notícias sobre a empresa são falando sobre a falta de pagamento e bloqueios na justiça. Em uma publicação da UOL, a manchete diz, empresa cria cemitério mundial de corretoras de bitcoin e lista cinco empresas brasileiras. Desta forma, nessa lista podemos ver a 3XBIT sendo classificada como desaparecida com o complemento de ter lesado diversos clientes.

Entretanto, com base no escândalo que rodeava os negócios da 3XBIT e por consequência também a EletroPay, Camila Farani, que possivelmente teria investido na empresa, respondeu aos comentário dizendo: “A EletroPay, não foi aprovada depois das gravações, o investimento não se concretizou, Beijos”.

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Desta forma, é importante entender que no mundo de investimentos em startups os riscos também precisam ser muito bem avaliados. No caso do programa Shark Tank, a empresa que participa do programa e tem um acordo fechado na hora dele ainda passa por outras etapas. Na verdade, tudo aquilo não é um contrato e sim uma intenção negócio. Momentos antes ada conclusão do negócio as informações e os números ainda precisam ser verificados, porque ninguém garante que tudo o que foi passado durante o programa é verdadeiro.

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Portanto, a intenção de negócio não foi para frente e todo o investimento foi cancelado. A empresa chegou a emitir uma nota de esclarecimento tentando aliviar toda a situação. Ela alertou dizendo que ambas são empresas distintas e como contas separadas também. Além de afirmarem que a negociação não foi fechada por conta de entraves burocráticos e que as conversas com investidores seriam retomadas a qualquer momento.

Uma lição que fica é justamente sobre a responsabilidade que um investidor tem para com seus investimentos, seja de que natureza for. Por mais que as informações pareçam ser confiáveis existe a responsabilidade de sempre ter que verificar muito bem as empresas e as pessoas que passam por qualquer tipo de negócio.

Apesar disso tudo, a ideia da EletroPay ainda é muito promissora. Há quem diga que as criptomoedas são o futuro, ou melhor, já são o presente.