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Moraes se enfurece e interrompe voto de André Mendonça durante julgamento, para defender Flávio Dino. Durante a sessão desta quinta-feira 14, o ministro André Mendonça durante seu voto disse não conseguir entender como o Planalto “foi invadido da forma como foi invadido” e afirmou que, enquanto ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), em eventos semelhantes ele “estava de plantão, com uma equipe à disposição, para impedir o que aconteceu.

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Mendonça afirma, que é necessário saber “como é que esse grupo entra com tanta facilidade como entrou no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Onde estava o efetivo da força nacional? Até hoje o Brasil não sabe, questionou ele.

Então Mendonça segue “eu me lembro naquele contexto a reunião do ex-presidente Bolsonaro que foi gravada e havia toda uma discussão sobre a partir de uma determinação do ministro Celso de Mello para se entregar aquele vídeo da reunião. Naquela época a atuação tanto minha que era Ministro do ex-presidente na época, como de outros ministros de nós termos que entregar a gravação independente do que continha. Agora chama atenção o Ministério Justiça de Flávio Dino não disponibilizar ou não ter os vídeos correspondentes, nós precisamos tratar todos igualmente. Estas situações geram um não enquadramento em determinada conduta.

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Em outro momento Mendonça afirma “há muitas perguntas sem resposta. “Não é o mérito do dia, não entrarei neste assunto agora, mas eu já fui ministro da Justiça”, então ao dar continuidade em seu voto foi interrompido por Moraes.

“Cinco coronéis da PM estão presos e claramente a polícia militar é responsável. Eu também fui ministro da justiça e a polícia que falhou. Não posso acreditar que você esteja dizendo que a culpa é do ministro da justiça Flávio Dino é um absurdo, se exaltou” Moraes. Em seguida sem permitir que Mendonça continuasse seu voto Moraes iniciou sua defesa.

“Eu também fui ministro da justiça e vossa excelência vem dizer que houve uma conspiração do governo atual contra o anterior”, brada Moraes.

Então Mendonça afirma “não sou advogado de ninguém. Não ponha palavras na minha boa”. Após isto Gilmar Mendes tenta acalmar os ânimos e Mores começa a usar o celular mandando mensagens.

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Mendonça afirma ainda que a Policia Rodoviária poderia ter evitado tudo antes, e que o efetivo da Força Nacional tinha que estar protegendo os prédios.

Em determinado momento, Moraes interrompeu o ministro e afirmou que as investigações “mostram claramente” que tal facilidade se deu devido à atuação da Polícia Militar do Distrito Federal.

– Quando o ministro da Justiça que sucedeu vossa Excelência [o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres] fugiu para os Estados Unidos, fugiu e jogou o celular dele no lixo e foi preso (…). Vossa Excelência vem no Plenário do STF dizer que houve conspiração do governo contra o próprio governo, tenha dó – disse Moraes. (VEJA VÍDEO)

Mendonça, porém, rebateu a declaração e repetiu três vezes a frase: “Não coloque palavras na minha boca”.

– Tenha dó, vossa Excelência – completou.

Em meio à discussão, Mendonça disse que “queria ver e o Brasil quer ver os vídeos” do circuito interno de segurança do Ministério da Justiça, algo que também tem sido questionado exaustivamente pela oposição ao governo Lula.

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