Petrobras não abre mão de distribuir dividendos

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Petrobras não abre mão de distribuir dividendos e isso pode acalmar o mercado, que vê em Lula a destruição de tudo que a companhia já conquistou até então. A Petrobras (PETR3;PETR4) pretende manter sua atual política de dividendos e elevar os investimentos nos próximos cinco anos. Entretanto, os objetivos traçados no plano estratégico válido para o período entre 2023 e 2027, divulgado no fim da noite desta quarta,30, estarão sujeitos à sucessão de poder em Brasília.

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A companhia manteve, por exemplo, a previsão de distribuição de dividendos entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões no período de 2023 a 2027. Os valores são os mesmos previstos no plano estratégico anterior, válido para o período entre 2022 e 2026.

A atual política de dividendos da Petrobras é um dos principais focos de críticas por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, embora a União seja a principal beneficiária dos proventos.

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Durante o governo Bolsonaro, a empresa distribuiu os maiores dividendos da sua história. Somente em 2022, ano no qual posicionou-se como a terceira maior pagadora de dividendos do mundo, os acionistas, entre eles a União, vão receber quase R$ 180 bilhões.

Contudo, o plano estratégico já contempla um aumento no nível de investimentos, com parte desses recursos direcionada ao refino de biocombustíveis.

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O documento prevê uma elevação de 15% no nível de investimentos para os próximos cinco anos. A meta é investir US$ 78 bilhões no período.

O programa de biorrefino será contemplado com US$ 600 milhões. Proporcionalmente, parece pouco. Trata-se, porém, do primeiro investimento significativo na produção de biocombustíveis pela Petrobras no Brasil.

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O segmento de Exploração e Produção continua liderando os investimentos da empresa, com US$ 64 bilhões (82% do total).

A produção na região do pré-sal ficará com 67% desse montante, ou US$ 43 bilhões.

Para a área de refino e gás natural como um todo serão reservados US$ 9,2 bilhões.

É importante estar atento, que o plano pode mudar. Em plena transição de governo, o plano deve ser revisto pela nova equipe, que pediu sem sucesso o adiamento da divulgação à atual direção da petroleira, já que as diretrizes serão executadas pela nova gestão.