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Petrobras vai desembolsar R$ 4 bi para cobrir rombo de fundo de pensão. A Petrobras (PETR3;PETR4) vai desembolsar R$ 4,012 bilhões para cobrir um rombo de R$ 8,5 bilhões apresentado por um dos planos de previdência privada de seus funcionários, o Plano Petros do Sistema Petrobras – Repactuados (PPSP-R). Trata-se de resquícios do escândalo dos fundos de pensão do governo PT que ainda deve se arrastar por uns 15 anos para ser normalizado.

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De acordo com a estatal, o rombo foi apurado no exercício de 2021 e consta no Plano de Equacionamento de Déficit de 2021 (PED2021). Os R$ 8,5 bilhões, contudo, referem-se ao apurado em dezembro do ano passado.

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“O PED2021 objetiva promover as bases para a recomposição do patrimônio PPSP-R, por meio da cobrança de contribuição extraordinária da Petrobras e Participantes, adicional à contribuição extraordinária do Plano de Equacionamento de Déficit, referente ao resultado do exercício de 2018 (PED2018), iniciada no ano de 2020, com o objetivo de reequilibrar os ativos e passivos do plano”, diz comunicado.

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A petrolífera informou que os R$ 4 bilhões serão pagos em parcelas mensais, durante toda a vigência do plano, cuja vida útil estimada é de 93 anos. Como garantia, a estatal concordou em oferecer uma nota promissória do valor devido.

Por fim, a nota diz que o “processo é benéfico à Petrobras ao trazer equilíbrio para o plano de pensão e dar maior segurança pós-emprego aos seus empregados, já que o PED2021 busca reequilibrar os ativos e passivos do Plano”.

Entenda o escândalo dos fundos de pensão

Os escândalos envolvendo os fundos de pensão da Petrobras, Caixa Econômica Federal e Correios foram revelados pela Operação Lava Jato, que investigou um amplo esquema de corrupção envolvendo empresas estatais, políticos e empresários.

Os fundos de pensão investigados são a Petros (da Petrobras), a Funcef (da Caixa) e a Postalis (dos Correios). As investigações revelaram que os gestores dos fundos teriam feito investimentos em empresas que apresentavam riscos, com o objetivo de obter vantagens financeiras pessoais, como propinas e pagamento de despesas pessoais.

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Alguns dos investimentos questionados incluíram aportes milionários em empresas de fachada, empreendimentos imobiliários com riscos e investimentos em empresas que apresentavam prejuízos financeiros. Os investimentos mal sucedidos levaram a prejuízos milionários para os fundos de pensão, comprometendo a aposentadoria de milhares de trabalhadores.

Ao longo das investigações da Operação Lava Jato, vários gestores dos fundos de pensão foram presos ou investigados, incluindo dirigentes sindicais e políticos. A fraude dos fundos de pensão foi apontada como mais um exemplo da corrupção endêmica no Brasil e da falta de transparência e responsabilidade na gestão de recursos públicos.

Os envolvidos da lava jato

Os escândalos envolvendo os fundos de pensão da Petrobras, Caixa Econômica Federal e Correios foram revelados durante as investigações da Operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e se estendeu até os anos seguintes.

Os envolvidos nos escândalos incluem gestores dos fundos de pensão, dirigentes sindicais, políticos e empresários, que teriam participado de um amplo esquema de corrupção envolvendo empresas estatais, políticos e empresários.

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Entre os envolvidos estão:

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro;
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados;
João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores;
André Esteves, ex-presidente do banco BTG Pactual;
Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos Deputados;
Delcídio do Amaral, ex-senador e ex-líder do governo no Senado;
Fernando Baiano, lobista ligado ao PMDB;
Milton Lyra, lobista;Luis Inácio Lula da Silva

entre outros.
Vale ressaltar que muitos dos envolvidos nos escândalos ainda estão sendo investigados e/ou aguardando julgamento.