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A mostra de arte da Caixa Cultural que exibia uma imagem do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e do ex-ministro da Economia Paulo Guedes dentro de uma lata de lixo custou R$ 250 mil à Caixa Econômica Federal, controlada pelo governo.

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Segundo a Caixa, o pagamento da obra será feito em parcelas, “de acordo com cronograma estipulado em contrato”. O último desembolso está previsto para dezembro, quando seria o último mês de exibição da mostra.

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Ainda segundo o edital, o valor do patrocínio foi definido por “critérios objetivos de avaliação da vantajosidade do projeto” e não está vinculado necessariamente aos custos de execução da obra.

O montante destinado à presente seleção será definido em função das cotas de patrocínio a serem acordadas com os proponentes dos projetos selecionados e considerará a disponibilidade orçamentária da Caixa para patrocínios culturais, que será determinada anualmente”, diz outro trecho do regulamento.

Em agosto, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a presidente da Caixa, Rita Serrano, apresentaram juntas os projetos selecionados para a Caixa Cultural. Ao todo, foram 132, dentre eles, “O grito!” –mostra agora suspensa. O anúncio foi registrado pelas assessorias de imprensa da Caixa e do ministério.

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“São R$ 30 milhões de investimento apenas nessa seleção até março do ano que vem, possibilitando maior acesso à cultura, além da geração de emprego e renda”, disse a presidente da Caixa na ocasião.

A contratada pela Caixa foi a antropóloga Iara Machado, da empresa Lhama Arte e Cultura. Em seu perfil no LinkedIn, a produtora cultural divulgou a mostra.

Desde julho, a presidência da Caixa Econômica Federal e suas principais diretorias têm sido negociadas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Lira. O comando do banco foi oferecido pelo Palácio do Planalto para o Centrão quando esse grupo político ingressou no governo em troca de cargos na Esplanada.

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O presidente da Câmara foi o chefe político do Centrão que deu o aval principal para as mudanças nos ministérios de Lula, que oficializaram a entrada do PP e do Republicanos na base de apoio do governo, em 6 de setembro. Arthur Lira entregou a Lula em 28 de setembro o nome de Carlos Antônio Fernandes Vieira como possível indicado para presidir a Caixa no lugar de Rita Serrano.

Em 17 de setembro, o deputado disse ao jornal que as indicações políticas para os cargos no banco público passariam pelo seu aval e afirmou que a ideia era contemplar não só o PP, seu partido, mas também outros de seu grupo político, como União Brasil, Republicanos e parte do PL.

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Após fortes críticas nas redes sociais o banco decidiu suspender a exposição “O grito!” por considerar uma “manifestação com viés político” –vedada pelas diretrizes da empresa. (Veja Vídeo)