Tudo que investidores devem estar atentos na semana. O investidor deve ter uma semana com menos distrações, após a desclassificação da seleção brasileira da Copa do Mundo. Os pregões da Bolsa, esvaziados em dia de jogo, prometem retomar a normalidade de olho no noticiário político. Já nesta segunda-feira (12), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, serão diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Existe neste final de semana uma forte movimentação das Forças Armadas ao longo do Brasil. Nada foi justificado sobre os movimentos, contudo algumas praias do litoral como no Rio de janeiro, inclusive a Barra da Tijuca, estão sendo tomadas por veículos do exército, sem justificativa. No sábado 10, as capitais brasileiras foram tomadas por protestos em frente aos quartéis militares, contra as irregularidades do pleito eleitoral.
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Na última sexta-feira (9), alguns dos principais nomes foram anunciados, entre eles, o de Fernando Haddad, na Fazenda. O mercado sempre se mostrou pouco simpático com a escolha.
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Na última sexta-feira (9), alguns dos principais nomes foram anunciados, entre eles, o de Fernando Haddad, na Fazenda. O mercado sempre se mostrou pouco simpático com a escolha, mas já havia a precificado e o Ibovespa até fechou com alta depois da confirmação.
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Os próximos dias também devem ser marcados por articulações para que a PEC do Rombo seja aprovada na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que o texto não passe pela casa com a mesma celeridade do Senado.
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Até agora, a proposta do governo eleito em ampliar o teto de gastos. A PEC chega na mão dos deputados sugerindo uma ampliação de R$ 145 bilhões por dois anos, e mais R$ 23 bilhões fora do teto, além de diversas emendas como a de confiscar o PIS não resgatado dos últimos 20 anos somando mais de R$20 bilhões. Em termos gerais esta PEC como foi para a Câmara já entrega ao novo governo um “cheque em branco” de pelo menos R$ 220 bilhões, pois o governo não especifica como irá gastar e nem arrecadar tudo isto. O que já mostra um caminho para a elevação de tributos e impostos a partir de 2023. O governo corre para que o texto seja aprovado antes do início do recesso parlamentar, pois ele não quer deixar os parlamentares que tomam posse em 2023 votarem o tema. As negociações do governo de transição, com o toma lá da cá, já foram feitas com os parlamentares que estão no congresso até o fim do ano.
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Na quarta-feira (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento sobre a constitucionalidade das emendas de relator, o chamado orçamento secreto. Este é considerado um dos principais entraves à aprovação da PEC na Câmara. Lula já afirmou na sexta, 9 que irá negociar quantas vezes forem necessárias para que ela seja aprovada. Isto porque, no período eleitoral, Lula usou o orçamento secreto dizendo que era ilegal e daninho, sendo que foi criado pelo governo PT e agora esta disposto a negociações para mantê-lo.
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Indicadores da semana
Dentre os indicadores econômicos previstos para a semana, o principal é a pesquisa mensal de serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (13). O consenso Refinitiv projeta uma contração de 1% em outubro na comparação com setembro, mas crescimento de 9,6% em bases anuais.
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O Itaú prevê uma queda mensal menor, de 0,3%, com destaque de baixa para serviços oferecidos às famílias. Até agora, os indicadores de indústria e varejo referentes a outubro superaram as expectativas dos analistas.
Na terça-feira, o Banco Central vai divulgar a Ata do Copom, referente à reunião da semana passada, em que a Selic foi mais uma vez mantida em 13,75% ao ano.
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“A questão sobre esse encontro não foi sobre a taxa em si, mas como o Comitê responderia ao recente aumento dos riscos fiscais. E assim o fizeram, mantendo a avaliação de um balanço de riscos assimétrico, mas destacando que as incertezas atuais demandam uma avaliação serena de sua política fiscal”, escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.
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Ainda durante a semana, o BC vai divulgar o relatório trimestral de inflação, na quinta-feira (15), e sua proxy do Produto Interno Bruto (PIB). O IBC-Br de outubro será apresentado na quarta-feira (14). “Esperamos que o índice avance 0,4% na comparação mensal, mas essa estimativa poderá mudar de acordo com o desempenho do setor de serviços”, diz o relatório do Itaú.
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No exterior, atenção total nas últimas reuniões de política monetária do ano em Bancos Centrais da Europa e nos Estados Unidos. O Fed começará seu encontro na terça-feira e na quarta, anuncia sua decisão. De acordo com o monitor de juros do CME Group, quase 80% do mercado aposta em uma alta de 50 pontos-base nos juros. Assim, o Fed desaceleraria o ritmo de aperto monetário – foram quatro altas seguidas de 75 pontos-base.
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Antes da decisão, o colegiado vai ter mais um dado para amparar sua avaliação. Na segunda-feira, sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). O consenso Refinitiv projeta uma alta de 0,3% para o indicador de inflação em novembro, na comparação com o outubro.