De acordo com 0 CEO do BTG Pactual (SA:BPAC11), Roberto Sallouti, O investidor internacional ainda está cauteloso em relação ao andamento da reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Por esta razão, aguarda a tramitação para aportar recursos no Brasil.
Para o executivo, a decisão de investimento depende exclusivamente da aprovação de uma reforma da Previdência com impacto, não menor que R$ 800 bilhões. O ceticismo do capital internacional ocorre após anos de recessão e promessas frustradas de aprovação da reforma da Previdência. No governo Dilma Rousseff e, a seguir, no governo Michel Temer, que foi afundada pelo vazamento da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista – evento batizado pelo mercado como Joesley Day, no 18 de maio de 2017, quando o Ibovespa afundou mais de 10% e teve circuit break ativado.
Embora ainda cautelosos, o cenário já melhorou, contou o executivo. “Os investidores internacionais estão impressionados com o discurso e diagnóstico alinhados”, disse Sallouti sobre os participantes do evento com executivos organizado pelo banco BTG Pactual, em São Paulo.
Juros (Selic) e Emprego
A avaliação de retomada lenta da economia após dois anos de queda do PIB (2015-16) também está no cenário-base do Banco Central para decisão da taxa básica de juros. Entretanto, os diretores da autoridade monetária consideram que o risco de aumento da inflação é maior devido a riscos provenientes do exterior e a frustração de a reforma da Previdência não ser aprovada, por isso mantendo a Selic em 6,5% na última reunião do Copom em 6 de fevereiro.
A taxa de desemprego, mensurada pela PNAD Contínua, subiu de 11,6% para 12% no trimestre encerrado em janeiro. Mostrando patamar acima do consenso do mercado de 11,9%. Apesar de janeiro ser comum o aumento da taxa de desocupação, o IBGE avalia que os dados foram piores em relação ao mesmo mês de 2018 e 2017.