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Apreensão de e-mails de executivo da Americanas é suspensa por Moraes. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (16) a apreensão de e-mails de executivos da Americanas (AMER3) e de membros de seu conselho de administração nos últimos dez anos. A decisão é liminar e o mérito dela ainda será julgado pela Suprema Corte.

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A ação em questão trata de uma disputa entre Americanas e Bradesco (BBDC4), em que o banco havia obtido autorização da Justiça de São Paulo para a produção de provas antecipadas. No dia da apreensão, um tribunal do Rio de Janeiro, sede da recuperação judicial da varejista, barrou o movimento.

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O ministro do STF acolheu o argumento da defesa da Americanas de que há risco de quebras de sigilos entre cliente e advogado, o que é proibido pela lei, ao realizar a devassa nos e-mails dos executivos.

Eventual apuração de irregularidade contábil e mesmo de gestão não pode afastar, sem fundamentos de extrapolamento do exercício da advocacia, o sigilo imposto às conversas, havidas por qualquer meio, entre advogado e seu representado”, argumentou Alexandre de Moraes, em sua decisão.

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A medida poderá ter repercussão para outro banco, o Santander (SANB11), que já havia começado a coleta de e-mails institucionais dos executivos e travava uma disputa com a Americanas em torno dos profissionais que deveriam ser alvo da apreensão. É fundamental lembrar que o escritório contratado pelo Santander, e que conseguiu a determinação judicial para apreensão dos e-mails é de Rodrigo Fux, filho do ministro do STF Luiz Fux.

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O debate tramita em outra ação, mas a decisão do STF poderá ajudar a Americanas a também reverter o veredicto.

Ainda de acordo com a decisão de Moraes, está proibido o início ou a continuidade da extração de dados do servidor da Americanas a partir de agora e todo o conteúdo recolhido deverá permanecer sob sigilo.

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