Como fica a poupança com a Selic a 9,25% ao ano

Barclays aposta em inflação maior e Selic a 6,5%
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Como fica a poupança com a Selic a 9,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta (8), em Brasília, na oitava reunião do ano, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 1.5 ponto percentual, de 7,75% para 9,25% ao ano.

E assim, o Comitê diz que “irá perseverar em sua estratégia de alta até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.” Segundo o comitê, a “decisão é compatível com convergência da inflação para meta ao longo do horizonte relevante.”

Como a inflação pode corroer seu investimento

Entretanto, a decisão, unânime, era esperada pelo mercado financeiro. Com o aumento da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos para tentar segurar a alta dos preços. Na última reunião do Copom, em 27 de outubro, o comitê havia sinalizado que a elevação da taxa seria estabelecida nesse patamar. A justificativa era a escalada da inflação.

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Contudo, em seu comunicado, o Copom destaca o risco fiscal, juros altos e a inflação: “O Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado conforme o cenário básico.”

No entanto, para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude.

O que muda na Poupança com a Selic a 9,25%

Com a alta, a poupança volta a funcionar na regra anterior e volta a encher os olhos do investidor mais conservador que, até meados deste ano, havia migrado para outros investimentos mais rentáveis. Mas será que vale mesmo a pena voltar a guardar o dinheiro na poupança?

Entretanto, quando a Selic passa de 8,5% ao ano, o rendimento é de 6,17% no mesmo período, enquanto, quando a taxa está abaixo dessa porcentagem, seu rendimento é de 70% + a Taxa Referencial (calculada pelo Banco Central e atualmente em zero).

Poupança tem maior retirada em Janeiro de toda a história

Apesar de voltar à regra anterior, alterada em 2012, alguns analistas entendem que ainda não é o suficiente para que o investidor volte a pensar na poupança. “A rentabilidade da poupança depende da TR. Dessa forma, não vale a pena”.

E assim, especialistas explicam que por enquanto, tanto depósitos na antiga como na nova Poupança continuam perdendo para a inflação, visto que é esperado que o IPCA acumule um salto acima de 10%, em 2021. Para 2022, já se estima um IPCA acima de 5%, rompendo o teto da meta para a inflação no ano, no Brasil. Com base nesta estimativa, os 6% de rendimento anual da antiga Poupança podem até ultrapassar levemente a inflação no ano que vem”.

Porém, para que a poupança seja considerada um investimento positivo, ela precisa render acima da inflação.