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Emissão de títulos em dólar do Tesouro no mercado externo supera US$ 2 bi em dívida pública. Após quase dois anos sem vendas de títulos da dívida brasileira no exterior, uma emissão de ativos em dólares no mercado internacional, pelo Tesouro Nacional, foi anunciada nesta quarta-feira (5). O Global 2033, um novo benchmark de dez anos, tem vencimento em 20 de outubro de 2033 e foi emitido no montante de US$ 2,25 bilhões, com cupom de juros de 6% ao ano.

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O pagamento do cupom será realizado nos dias 20 de abril e 20 de outubro de cada ano. A emissão foi realizada ao preço de 98,849% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 6,15% ao ano, que corresponde a um spread de 285,4 pontos-base acima da Treasury de referência (título do Tesouro americano).

A operação foi liderada pelos bancos Bank of America, BNP Paribas e Morgan Stanley. A liquidação financeira ocorrerá em 13 de abril de 2023.

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o que significa a emissão de títulos

A emissão de títulos em dólar do Tesouro Nacional do Brasil no mercado externo significa que o governo brasileiro está vendendo títulos da dívida pública denominados em dólares para investidores estrangeiros. Esses títulos são uma forma de captação de recursos para o governo brasileiro, que pode usar o dinheiro arrecadado para financiar suas despesas, como investimentos em infraestrutura, educação, saúde, entre outras áreas.

Essa prática é comum entre países que buscam financiamento no mercado internacional, e permite que o governo brasileiro acesse fontes de financiamento mais diversificadas, além de atrair investidores estrangeiros interessados em investir em ativos denominados em dólar. No entanto, a emissão de títulos em dólar pode aumentar a dívida externa do país e expô-lo a riscos cambiais e de volatilidade nos mercados financeiros internacionais.

Riscos de emissão de títulos

Embora a emissão de títulos em dólar do Tesouro Nacional do Brasil no mercado externo possa ter alguns benefícios, como acesso a fontes de financiamento mais diversificadas, há também alguns riscos e pontos negativos a serem considerados, tais como:

Aumento da dívida externa: A emissão de títulos em dólar pode aumentar a dívida externa do Brasil, o que significa que o país pode ter que pagar juros e principal em dólares, o que pode ser prejudicial se o real se desvalorizar em relação ao dólar.

Risco cambial: A emissão de títulos em dólar expõe o Brasil ao risco cambial, uma vez que a variação da taxa de câmbio pode afetar o valor desses títulos e, consequentemente, o custo de financiamento do país.

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Dependência do mercado internacional: A emissão de títulos em dólar pode tornar o Brasil mais dependente do mercado financeiro internacional para financiamento, o que pode ser prejudicial em momentos de instabilidade financeira global.

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Aumento da pressão fiscal: Caso o governo brasileiro não consiga honrar o pagamento desses títulos, ele pode ter que recorrer a medidas fiscais para fazer frente a esses compromissos, o que pode aumentar a pressão fiscal sobre a população.

Impacto na classificação de risco: A emissão de títulos em dólar pode ter impacto na classificação de risco do Brasil, o que pode afetar o custo de financiamento do país e a confiança dos investidores.