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Fed mantém taxa de juros nos EUA e sinaliza inflação acima da meta. O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, decidiu manter os juros no atual patamar. Hoje, a taxa oscila dentro de uma banda entre 5% e 5,25%. Com a decisão desta quarta-feira (14), o Fed interrompe o ciclo de aperto monetário iniciado em março do ano passado. De lá para cá, a autoridade elevou os juros por dez vezes seguidas.

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A decisão foi unânime e veio em linha com o esperado. O monitor de juros do CME Group apontou que uma fatia de 97,7% do mercado apostava na manutenção da taxa, enquanto 2,3% previa uma nova alta de 25 pontos-base.

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“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto ritmo. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixo. A inflação continua elevada”, diz o comunicado que acompanha a decisão do Fed.

“Mantendo a faixa-alvo estável nesta reunião permite que o Comitê avalie informações adicionais e suas implicações para política monetária”.

Ainda segundo o comunicado, a extensão da política que o Fed vinha adotando pode ser apropriada para fazer a inflação retornar a 2% ao longo do tempo.

“O Comitê levará em conta o acumulado do aperto da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e inflação além da evolução econômica e financeira”, afirma.

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Nas projeções do colegiado (dot plot), que saíram junto com a decisão, o Fomc prevê juros na faixa de 5,6% ao final de 2023. Logo, haveria espaço para mais dois ajustes de 25 pontos-base na taxa.

Ao final de 2024, a projeção é de juros em 4,6% e de 3,4% em 2025.

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Existem forças contrárias no cenário macroeconômico. Há uma desinflação acontecendo, mas com resistência de alguns núcleos, como ficou provado mais uma vez na divulgação do CPI desta terça-feira.

Além disso, há toda uma discussão sobre risco de recessão, com vários indicadores antecedentes sugerindo isso. Mas também há uma resiliência forte do consumidor americano, do mercado de trabalho e da renda real do trabalhador americano.