A relação dos indígenas e ambientalistas com o retorno de Lula ao poder foi pauta na revista semanal Newsweek, nos Estados Unidos, com uma crítica pontual escrita pelo jornalista brasileiro, radicado na Bélgica, Raphael Tsavkko Garcia.
No texto, Garcia explica ao leitor que a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, deu continuidade e aprofundou projetos econômicos do governo anterior que ameaçavam o meio ambiente, como a construção da hidrelétrica de Belo Monte, considerada ilegal pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
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Segundo o jornalista, o governo de Dilma Rousseff manteve políticas que privilegiavam interesses econômicos em detrimento dos direitos ambientais e indígenas.
Outro assunto que mostra que o governo petista não tem ligação com o meio ambiente como seus apoiadores pensam, é enquanto a nomeação da ambientalista Marina Silva como ministra do Meio Ambiente animou os apoiadores da causa climática; no entanto, a criação do Ministério dos Povos Indígenas não gerou o impacto esperado.
– O governo de Lula prometeu priorizar os direitos indígenas, proteger o meio ambiente e cumprir os seus compromissos com tratados e acordos internacionais, mas até agora não o fez. Apesar de ser membro do gabinete de Lula, a ministra Guajajara expressou frustração pela falta de financiamento e compromisso do governo com o seu ministério – escreveu o jornalista ao citar que a crise do povo Yanomami continua.
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Garcia, então, dá sua opinião sobre o tema, dizendo que o presidente Lula usa os indígenas na campanha política, mas não luta por eles.
– Resta pouca esperança para o terceiro mandato de Lula. Mais uma vez, os indígenas do Brasil foram usados como ferramenta de propaganda e promessas de campanha vazias, sem qualquer mudança real. Após a sua reeleição, os gestos de Lula para com esta população parecem ter sido meramente cosméticos, uma forma de apaziguar as críticas, enquanto no mundo real os indígenas continuam a ser perseguidos e mortos nas suas terras de origem – escreveu.