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Privatização da Eletrobras deve sair até maio do próximo ano. A Eletrobras (Elet3), atualizou o cronograma para a sua capitalização, prevendo agora que a operação de “follow-on” ocorra até maio do próximo ano, apontou nesta quarta-feira (17) o presidente da estatal, Rodrigo Limp.

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Antes, a companhia previa para o primeiro trimestre de 2022 a oferta de ações que deverá diluir a participação da União na empresa.

Contudo, o executivo explicou ainda que a empresa deve finalizar em novembro a contratação do sindicato de bancos para estruturação da operação de “follow-on” e de distribuição do volume de ações a ser emitido pela companhia, em meio ao processo de desestatização.

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E assim, a atualização segundo o executivo, ocorreu após decisão de realizar a operação com base nos dados do quarto trimestre de 2021, o que gera um prazo de até 134 dias para ela ocorrer.

Resultados da Eletrobras não agradam mercado

A Eletrobras (ELET3;ELET6) divulgou o seu resultado na noite da última terça-feira (16) com lucro líquido de R$ 965 milhões, bem menor do que os R$ 2,5 bilhões no ano passado. O consenso do mercado apontava para um lucro de R$ 1,8 bilhão.

Contudo, no terceiro trimestre do ano, a empresa investiu R$ 1 bilhão, sendo R$ 570 milhões na geração de energia. Desses, R$ 375 milhões foram destinados à Usina de Angra 3.

Entretanto, para o Safra, do lado operacional, a elétrica divulgou um resultado positivo, com os braços de geração e transmissão se beneficiando com a alta da inflação, enquanto os custos permaneceram sob controle.

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No entanto, um provisionamento inesperado de R$ 9 bilhões pesou na conta da elétrica. E o mercado não aprovou. Os papéis ordinários caíram 6,6%, figurando entre as maiores quedas do Ibovespa. De acordo com Safra, esse reconhecimento poderia diminuir o valor da Eletrobras após a sua privatização. Já o BTG afirma que precisa entender melhor o que levou a esse aumento, visto que é um componente importante no processo de venda da estatal.

E assim, mesmo com entraves, o Safra manteve a recomendação outperform, ou seja, desempenho acima da média do mercado, com preço-alvo R$ 53,8, potencial de alta 55,8%. Segundo o banco, o processo de privatização sustenta a visão otimista.