Ex-diretora da Americanas transferiu patrimônio ao filho antes de escândalo. Uma ex-diretora da Americanas (AMER3) transferiu ao filho participações em empresa com patrimônio de R$ 13 milhões. A movimentação ocorreu menos de mês antes da divulgação do escândalo financeiro da companhia.
Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Anna Christina Ramos Saicali transferiu bens ao próprio filho em 23 dezembro de 2022. Em 11 de janeiro deste ano, o então diretor-presidente das Americanas, Sergio Rial, revelou ter identificado “inconsistências contábeis” de cerca de R$ 20 bilhões.
LEIA: Após novo anúncio de corte no preço da gasolina. Ações da Petrobras desabam
Anna Christina integrava a diretoria estatutária da Americanas. Assim como outros executivos, ela foi afastadas das funções depois da revelação do rombo nos caixas da companhia. Atualmente, por causa disso, a empresa é alvo de investigações por parte da Comissão de Valores Mobiliários, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Além disso, a questão é tema de Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados.
LEIA: Governador de São Paulo pede ajuda a deputados para barrar Reforma Tributária perigosa
Apesar da defesa de Anna Christina negar irregularidade ao transferir bens ao próprio filho, ela está na mira da atual gestão da Americanas. Em comunicado divulgado em junho, a companhia afirma que a ex-diretora seria uma das participantes de suposto esquema de fraude, ao lado de executivos e do ex-diretor presidente Miguel Gutierrez.
AINDA: Alto escalão da política, Bancos e judiciário se reúne no “GilmarFest” em Portugal
A movimentação financeira por parte de Anna Christina ocorreu por meio da Taboca Ventures Participações Ltda., que foi aberta, segundo registros da Junta Comercial de São Paulo, em 2018.
No fim do ano passado, os registros indicavam que a empresa tinha valor total na casa dos R$ 13 milhões. Nesse período, a executiva transferiu praticamente todas as quotas da Taboca para o filho, Antonio Saicali Montanha Alves Correa. Desde então, ela ficou com apenas R$ 1 de todo o patrimônio da empresa.
SAIBA: Opositora de Maduro na Venezuela fica inelegível no mesmo dia que Bolsonaro
Em contato com a Folha de S.Paulo, o advogado da ex-diretora da Americanas, Antenor Madruga, negou que a transferência se deu em virtude de proteger o patrimônio dela diante de eventuais investigações. De acordo com ele, a operação foi “decorrente de planejamento sucessório motivado por questões de saúde”.
