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Fitch rebaixa rating dos EUA cita “deterioração fiscal” e prevê recessão. A Fitch rebaixou o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira (IDR, na sigla em inglês) dos EUA de AAA para AA+, com perspectiva estável. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde 2011, quando a S&P Global cortou a nota do país vendo impasse sobre o teto da dívida – três anos depois da crise financeira de 2008.

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No comunicado em que anunciou o rebaixamento do rating americano, a Fitch prevê que os Estados Unidos enfrentarão recessão “leve” entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro de 2024, diante da desaceleração do consumo. A agência ainda prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá ser de 1,2% em 2023, após alta de 2,1% em 2022, seguida de um avanço de 0,5% de 2024.

A agência de avaliação de risco projeta que o Federal Reserve (Fed) elevará elevar as taxas novamente em setembro, em 25 pontos-base (pb), para a faixa entre 5,50% e 5,75%. “Enquanto a inflação nominal caiu para 3% em junho, o núcleo da inflação do PCE, o principal índice de preços do Fed, permaneceu teimosamente alto em 4,1% no comparativo anual. Isso provavelmente impedirá cortes na taxa de fundos federais até março de 2024”.

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Segundo a Fitch, o rebaixamento dos Estados Unidos reflete a deterioração fiscal esperada para os próximos três anos, assim como a crescente dívida do governo geral.

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Destaca ainda uma erosão relativa da governança em relação aos pares ‘AA’ e ‘AAA’ nos últimos 20 anos que se manifestou em repetidos impasses de limite de dívida e resoluções de última hora.

A agência de avaliação de risco projeta que o Federal Reserve (Fed) elevará elevar as taxas novamente em setembro, em 25 pontos-base (pb), para a faixa entre 5,50% e 5,75%. “Enquanto a inflação nominal caiu para 3% em junho, o núcleo da inflação do PCE, o principal índice de preços do Fed, permaneceu teimosamente alto em 4,1% no comparativo anual. Isso provavelmente impedirá cortes na taxa de fundos federais até março de 2024”.

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Sobre a “erosão da governança” mencionada no rebaixamento do rating do país de AAA para AA+, a Fitch destaca que os impasses repetidos sobre teto da dívida prejudicaram confiança no fiscal do país. A agência já havia colocado a nota soberana dos EUA em observação negativa em maio, durante o auge das divergências relativas ao limite da dívida.

Secretária do Tesouro, Janet Yellen, rebate avaliação da Fitch

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, emitiu a seguinte declaração sobre a decisão da Fitch. “Discordo veementemente da decisão da Fitch Ratings. A mudança anunciada hoje pela Fitch é arbitrária e baseada em dados desatualizados. O modelo de ratings quantitativos da Fitch caiu acentuadamente entre 2018 e 2020, apesar do progresso que vemos em muitos dos indicadores nos quais a Fitch confia para sua decisão. Muitas dessas medidas, inclusive as relacionadas à governança, apresentaram melhorias ao longo deste governo, com a aprovação de legislação bipartidária para abordar o limite da dívida, investir em infraestrutura e fazer outros investimentos na competitividade da América.

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A decisão da Fitch não muda o que os americanos, investidores e pessoas de todo o mundo já sabem: que os títulos do Tesouro continuam sendo o ativo líquido e seguro mais proeminente do mundo e que a economia americana é fundamentalmente forte.

Nos últimos anos, os Estados Unidos passaram por uma recuperação econômica historicamente rápida de uma recessão profunda. Hoje, a taxa de desemprego está perto de mínimos históricos, a inflação caiu significativamente desde o verão passado e o relatório do PIB da semana passada mostra que a economia dos EUA continua crescendo. A economia americana continua sendo a maior e mais dinâmica economia do mundo, com os mercados financeiros mais líquidos do mundo.

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O presidente Biden e eu estamos comprometidos com a sustentabilidade fiscal. A legislação de limite de dívida mais recente incluiu mais de US$ 1 trilhão na redução do déficit e melhorou nossa trajetória fiscal. Olhando para o futuro, o presidente Biden apresentou um orçamento que reduziria o déficit em US$ 2,6 trilhões na próxima década por meio de uma abordagem equilibrada que apoiaria investimentos de longo prazo”.