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Juros no Brasil e nos Estados Unidos estarão no radar dos investidores nos próximos dias, com a esperada Super Quarta. A próxima semana vai contar ainda com decisões de política monetária na China, Japão e Reino Unido e com indicadores de inflação ao consumidor na Zona do Euro.

As projeções consensuais indicam manutenção nas fed funds nos Estados Unidos, na faixa entre 5,25% a 5,50%. Os analistas estarão atentos às projeções econômicas para este e os próximos anos, as chamadas “dot-plots”. No Brasil, como o Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou, tudo indica um corte de meio ponto percentual, levando a Selic de 11,25% para 10,75% ao ano.

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Segundo aponta em relatório, o ING avalia que a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC, na sigla em inglês), será o centro das atenções na próxima semana. “Vemos o próximo movimento como um corte em junho, após uma série de divulgações de dados importantes. No Reino Unido, todas as atenções estarão voltadas para a divulgação dos dados de inflação, antes da reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira. Na nossa opinião, o primeiro corte nas taxas ocorrerá em agosto”.

O ING recorda que as projeções de dezembro sinalizavam três cortes de 25 pontos-base nas taxas de juros neste ano 2024, com mais cortes de 100 pontos-base previstos para 2025. “Esperamos um conjunto semelhante de projeções na reunião do FOMC de 20 de março com mensagens indicando que o Fed está inclinado a cortar as taxas ainda este ano, mas eles precisam ver mais evidências para justificar essa ação”, completa o ING.

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Agenda brasileira

A semana inicia com divulgação do IGP-10 de março e do Índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro, considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Em dezembro, o IBC-Br avançou 0,82%.

A decisão sobre a taxa de juros ocorre na quarta pela noite e os analistas vão procurar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária. O Itaú BBA espera que as autoridades afirmarão que anteveem reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões, assim como o Bank of America (BAC) (BofA). “O comitê deverá manter o plural (“próximas reuniões”), ao mesmo tempo em que destaca a resiliência da atividade e as preocupações com a inflação para justificar a manutenção do ritmo”, apontou o BofA em relatório.

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A XP (XPBR31) concorda, mas pondera que os riscos de isso não acontecer foram elevados. “Depois desses dados de atividade, o mercado está mais preocupado e a discussão ganha mais força”, afirma Alexandre Maluf, economista da XP.

Na sexta, além da Confiança do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o mercado conhece dados da receita tributária federal, em meio à desconfiança do mercado a respeito do cumprimento da meta fiscal deste ano.

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Agenda internacional


Vendas no varejo, produção industrial e taxa de desemprego chinesas serão divulgadas no domingo, enquanto a segunda será de Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e balança comercial europeia e decisão de juros japonesa.

Dados de produção industrial no Japão seguem na terça, mesma data em que a China decide sobre seus juros. Preços ao consumidor e produtor marcam a quarta no Reino Unido, balança comercial no Japão, mas os olhos estarão direcionados ao Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano.

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“Ainda que um corte de juros agora esteja totalmente descartado, o mercado buscará entender onde exatamente nos encontramos em relação às decisões seguintes do Fed, em maio e junho – com maior ênfase na última”.

Dados de transações correntes europeias e americanas serão divulgadas na quinta, mesma data da decisão de política monetária no Reino Unido e dos preços ao consumidor japoneses. Na sexta, é a vez das vendas no varejo do Reino Unido.

Temporada de balanços


Iniciando a semana em continuidade à temporada de balanços referente ao quarto trimestre do ano passado, Itaúsa (ITSA4), Embraer (EMBR3), Braskem (BRKM5), Magazine Luiza (MGLU3), Vamos (VAMO3) e Grupo SBF (SBFG3) (Centauro) apresentam dados na segunda, enquanto na terça, é a vez da Infracommerce (IFCM3), Blau Farmacêutica (BLAU3), Desktop (DESK3) e JSL (SIMH3).

Na quarta, reportam indicadores Santos Brasil (STBP3), CSU (CSUD3), Vivara (VIVA3), Rossi (RSID3), T4F Entretenimento (SHOW3), Allos (ALOS3), Positivo (POSI3), Equatorial (EQTL3), Unifique Telecomunicações (FIQE3), Locaweb (LWSA3), Brisanet (BRIT3), Hidrovias do Brasil (HBSA3), Cogna (COGN3), Diagnósticos da América (DASA3) e Rodobens (RDNI3).

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Na quinta, a agenda contempla dados de Qualicorp (QUAL3), Allied (ALLD3), Wiz (WIZC3), Melnick (MELK3), Alliança, Sabesp (SBSP3), Tecnisa (TCSA3), MPM Corpóreos (Espaçolaser) (ESPA3), Cemig (CMIG4), Gafisa (GFSA3), Even (EVEN3) e CPFL (CPFE3). Para fechar a semana, Metalfrio (FRIO3) divulga balanço na sexta.