A importância do ESG para instituições financeiras

Índice de Sustentabilidade Empresarial
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A importância do ESG para instituições financeiras. Nos últimos anos, um termo tem ocupado as principais conversas sobre investimentos nas Instituições Financeiras. Como consequência, todo o mercado passou a considerar tal conceito em suas estratégias de negócios, afinal, qual empresa não gostaria de receber investimentos expressivos como aqueles obtidos por
Unicórnios brasileiros como Movile (dona do Ifood), Loggi e Vtex? Estamos falando do ESG (Environmental, Social and
Governance), termo que se refere a critérios adotados pelas companhias para garantir o comprometimento com questões ambientais, sociais e de governança.

Contudo, segundo um estudo realizado em 2019 pelo Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de pesquisa e análise do
Economist Group, o prejuízo financeiro causado pelo aquecimento global pode chegar a US$7,9 trilhões até 2050. A pesquisa considerou os países com as 82 maiores economias globais.

Transformação no mercado financeiro através do ESG

Entretanto, empresas viram suas ações caírem vertiginosamente após serem flagradas em ações condenáveis. Ainda não é possível atrelar diretamente a perda de valor de mercado apenas aos fatores ESG, mas é fato que eles serão cada vez mais relevantes para o valuation das empresas e, até mesmo, para a continuidade dos negócios. Na União Europeia, por exemplo, entra em vigor ainda este ano o EU Taxonomy, um sistema de classificação de atividades e métricas socioambientais que contém regras de preservação ambiental, economia circular e controle de poluição.

Dessa forma, as empresas que pretendem atuar nos países da União Europeia precisarão se adaptar o mais rápido possível às novas regras que devem seracompanhadas de perto pelas agências reguladoras, a exemplo do que já acontece com a General Data Protection Regulation (GDPR).

Portanto, as empresas precisam se preparar para seguir esses critérios e o mercado precisa chegar a um consenso no que diz respeito às métricas que irão ajudar a entender quais negócios estão realmente seguindo os critérios ESG.

O setor financeiro

Conforme informação da Radar FintechLab, 207 novas fintechs entraram em operação até agosto de 2020, somando 771 empresas. Esse número representa um aumento de 35% comparado ao estudo do ano anterior.

Não é novidade que os consumidores buscam, cada vez mais, comprar de empresas com as quais eles se identificam. Nunca se falou tanto sobre diversidade, inclusão, valores e cultura empresarial. Por outro lado, o termo “cancelamento” também ganhou destaque à medida que temos acompanhado sucessivos boicotes a empresas com atitudes ou posicionamentos considerados inadequados.

Uma pesquisa do IBM Institute for Business Value, feita com mais de 14 mil consumidores em nove países, incluindo o Brasil, descobriu dados interessantes que mostram como as preocupações sociais, ambientais e de governança vem impactando o consumo. Mais da metade das pessoas consultadas disseram que a sustentabilidade é um fator muito ou extremamente importante para a escolha de uma marca. No Brasil, 66% dos entrevistados disseram estar dispostos a mudar seu comportamento de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo no meio ambiente.

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Mais da metade dos consumidores relataram que a sustentabilidade é muito ou extremamente importante para eles ao escolher uma marca – 22% a mais do que os consumidores pesquisados antes da pandemia.

Entretanto, como investidor, o consumidor leva cada vez mais em conta a sustentabilidade ambiental em suas carteiras de investimento – cerca de metade dos entrevistados afirmou ter essa atenção na hora de direcionar seus recursos financeiros, e um quinto disse que provavelmente fará investimentos em empresas sustentáveis no futuro. Além disso, 60% dos investidores entrevistados esperam comprar ou vender participações no próximo ano com base em fatores de sustentabilidade.

Dados como esses mostram que as empresas mais alinhadas aos critérios ESG não só poderão contar com mais investimentos no futuro, como também estão ganhando a preferência dos consumidores e dos profissionais nas escolhas de carreira.

Como reconhecer uma empresa realmente com práticas ESG?

Ainda não há um consenso local ou global sobre o que torna uma empresa socialmente responsável e a maioria das
informações que podem ajudar a entender esse cenário são desestruturadas ou nem mesmo estão disponíveis.

Ambiental (Enviromental)

Entretanto, quando falamos de atitudes sustentáveis, pensamos em todo o processo que envolve os negócios de uma empresa, desde a compra de insumos, passando pela fabricação, distribuição e comercialização dos produtos. Cada uma dessas etapas possui riscos e pontos de atenção diferentes que precisam ser acompanhados de perto. Na compra de insumos, por exemplo, é importante que as empresas estejam atentas aos seus fornecedores para garantir a procedência de cada material e o cumprimento de legislações como as trabalhistas e tributárias. Já a fabricação envolve questões mais profundas e estratégicas. Nesse caso,
adotar processos que diminuam os impactos gerados pode significar altos investimentos e até mesmo mudanças culturais em toda a empresa.

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Contudo, até mesmo negócios digitais, em que a distribuição dos produtos é realizada online – empresas como Netflix e Spotify, por exemplo – precisam ficar atentos às questões como impacto ambiental, relações trabalhistas e leis de proteção de dados pessoais, só para citar algumas.
Em resumo, cada setor gera impactos diferentes por isso, os fatores e métodos de análise de cada um também serão diferentes.
Verificar como as empresas lidam com a questão ambiental é um grande desafio, principalmente porque não há muitas fontes oficiais que forneçam informações confiáveis e atualizadas sobre o assunto.

No entanto, é possível olhar para os dados de forma granular e identificar exatamente quais empresas não estão com a documentação em ordem, mas, neste estudo, o nosso objetivo é dar uma visão macro dos riscos iminentes em cada região e setor.

Social

O fator social envolve como as empresas administram o relacionamento com seus diversos stakeholders, sejam eles colaboradores,
fornecedores, clientes, a comunidade no entorno da operação ou a sociedade em geral. Diversidade em todas as camadas da empresa, equidade de oportunidades entre os diferentes perfis de profissionais e um ambiente inclusivo onde todos são aceitos e suas opiniões são consideradas são alguns dos elementos das empresas socialmente responsáveis.

Além dos benefícios econômicos – pesquisa da McKinsey descobriu que empresas com equipes mais plurais alcançaram resultados até 21% maiores quando comparadas com outras em que o tema não é priorizado -, companhias comprometidas com o bem estar social também ganham consumidores engajados que impulsionam a marca e, consequentemente, seus resultados.

Governance (Governança)

A governança corporativa é um conjunto de condutas e padrões que devem ser seguidos pelas empresas com o objetivo de conciliar os interesses de parte dos stakeholders da organização (acionistas, diretores e sócios) com as regras definidas por órgãos de fiscalização e pelo governo.

Cada setor e ramo de atuação possui regulações específicas e, por isso, deve seguir diferentes regras, o que pode tornar a análise da governança por terceiros ainda mais desafiadora. E assim, um exemplo de ferramneta é o Score de Compliance da Neoway, desenvolvido por meio de técnicas de Machine Learning, com mais de 100 variáveis e dados de Risk e Compliance. Ele mostra o indício de uma empresa estar ligada a uma prática suspeita e apoia a priorização de análises em maior profundidade. Dessa forma, ajuda na estratégia e na otimização do tempo das equipes de Compliance. O score pode ser utilizado em casos de monitoramento de carteira, contratação de fornecedores, composição de modelos de crédito e priorização de ações relacionadas a riscos de conformidade.

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No entanto, para verificar o risco real de uma empresa, porém, é necessário fazer todo o processo de diligência em profundidade, com análises dos dados cadastrais, Quadro Societário e de Administradores (QSA), ligação com listas restritivas, PEPs e até mesmo
registros de mídia negativa.